O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, determinou nesta quarta-feira que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Coimbra, preste informações "em caráter de urgência" sobre o uso de algemas na Operação Voucher. A PF prendeu na terça-feira 35 pessoas envolvidas em denúncias de corrupção no Ministério do Turismo, comandado pelo PMDB. A ação aumentou o mal-estar entre o PT e o PMDB, os dois principais partidos da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff no Congresso.
No Palácio do Planalto, a ação da PF foi considerada "atabalhoada" e "exagerada". Na lista dos presos está o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa. Mário Moyses, ex-secretário executivo da pasta e ex-presidente da Embratur, também foi detido. Moyses é ligado à senadora Marta Suplicy (PT), pré-candidata do PT à Prefeitura de São Paulo. Aliados dela deram conotação política ao episódio.
No memorando expedido nesta quarta, Cardozo pede esclarecimentos à PF sob o argumento de que os direitos individuais e os princípios de Estado de Direito devem ser respeitados. "Caso constatada qualquer infração às regras em vigor, determino a abertura imediata dos procedimentos disciplinares cabíveis, informando-se de pronto a este gabinete as ocorrências", escreveu o ministro da Justiça.
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