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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, admitiu hoje ter recebido convites do PSB e do PMDB para deixar o DEM. Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, na capital paulista, o prefeito ponderou, contudo, que não irá definir seu destino político antes de 15 de março, data da Convenção Nacional do DEM para a definição da nova direção da sigla. "Existiram convites muito respeitosos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), no caso de haver uma saída do DEM", disse. "Fiquei muito sensibilizado e grato, mas seria uma deselegância muito grande com os dirigentes do DEM discutir qualquer coisa antes de 15 de março."

O prefeito afirmou que tem uma conversa agendada com os ex-senadores Jorge Bornhausen (SC) e Marco Maciel (PE) e o senador José Agripino (RN). "Até lá, eu não posso falar sobre o assunto porque seria um desrespeito com os dirigentes do DEM", disse. Na avaliação do prefeito, as conversas com dirigentes de outros partidos são comuns e sua relação com os dirigentes do DEM permanece "a melhor possível". "Muito transparente, fraterna e de parceria", descreveu.

O prefeito negocia sua mudança de partido desde o ano passado. O primeiro a abrir as portas foi o PMDB, até então sob a liderança regional do ex-governador Orestes Quércia. Com a morte de Quércia e o aviso dos peemedebistas paulistas de que o prefeito não seria recebido como "cacique", Kassab se aproximou do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Como o prefeito pretende levar seus aliados consigo e teme que o DEM reivindique os mandatos, alegando infidelidade partidária, a ideia de lançar uma nova sigla, o PDB, vem se mostrando a alternativa jurídica mais segura. Assim, Kassab poderia criar um "partido de passagem" e em seguida incorporá-lo a outra legenda.

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