O ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que a tendência de um apoio do partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff dificilmente será revertida. Ele disse que a manifestação do PSD de não fazer indicação para o governo neste momento não tem influência no processo de consultas para consolidar o apoio à presidente em 2014.
"Acho difícil mudar, a tendência é caminhar para o apoio à reeleição", disse. "E uma posição assumida nessa direção dificilmente será revertida", complementou Kassab. Ele observou que ao adotar uma posição nacional o partido já começará a montar os palanques nos Estados, o que dificulta uma reviravolta por exemplo, a favor de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco e político próximo a Kassab.
A executiva do partido fez nesta quarta-feira uma rápida reunião em que mais três diretórios manifestaram a posição de apoio a Dilma em 2014, mas sem a ocupação de cargos neste instante. Até agora, seis direções locais foram ouvidas, todas com a mesma posição. Kassab acredita que este pensamento é o da "expressiva maioria" do PSD. "Precisamos construir uma posição de unidade nacional e aí, a partir da próxima eleição, seremos governo ou oposição", disse o presidente da legenda.
A decisão do PSD de não indicar membros para cargos no governo foi comunicada por Kassab a Dilma na semana passada. Ele disse que a presidente compreendeu a posição. No mapa da reforma ministerial, especulava-se entregar ao partido de Kassab o comando do ministério de Micro e Pequenas Empresas, recém-criado e a secretaria de Assuntos Estratégicos. As duas pastas são de baixo orçamento e com poucos cargos. Durante a reunião, o deputado Júlio César (PSD-PI) afirmou que o partido fez certo ao recusar porque os espaços não corresponderiam ao tamanho da legenda. O PSD tem hoje a quarta bancada na Câmara, atrás apenas de PT, PMDB e PSDB.
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