O rigor da vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), em controlar o tempo de discurso dos colegas na tribuna voltou a provocar momentos de constrangimento no plenário do Senado. Desta vez, o entrevero foi com a senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Quase ao final da sessão desta terça-feira (1º), na última votação do dia, a senadora discursava quando foi alertada por Marta que seu tempo havia se esgotado.
No comando da sessão, a petista concedeu um acréscimo, mas permaneceu irredutível quando o tempo voltou a terminar. Sem conseguir concluir o pronunciamento, a senadora do Tocantins partiu para o ataque: "É a primeira vez que vejo isso no Senado. A senhora chegou agora. A senhora pode ser senadora de São Paulo, mas não é maior do que nenhum senador aqui."
Marta chegou a tentar argumentar que estava seguindo o regimento do Senado, mas não conseguiu amenizar a situação.
Na primeira sessão que comandou na Casa, Marta provocou constrangimentos ao cortar o microfone do ex-marido e senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
No começo de fevereiro, a petista também causou desconforto aos colegas ao corrigir o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que utilizou o termo "presidente" para se referir a Dilma Rousseff.
Sarney fazia uso do microfone e, depois de repetir "presidente Dilma" seguidas vezes, ouviu Marta assumir o microfone do plenário. "Pela ordem, senhor presidente. Presidenta da República", advertiu Marta.
Prestes a completar 81 anos o presidente do Senado e integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL) respondeu à senadora.
"Muito obrigado a Vossa Excelência, mas sempre estou usando a fórmula francesa: madame le président. Todas as duas são corretas, senadora, gramaticalmente", argumentou Sarney.
Alguns senadores que acompanhavam o debate no plenário chegaram a esboçar sorrisos diante da resposta de Sarney. Marta não rebateu Sarney.
Por determinação de Dilma, a expressão "presidenta" foi adotada em documentos oficiais e nas manifestações de integrantes do governo.
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