Durante a campanha eleitoral deste ano, autoridades estaduais fizeram acusações de que as investigações da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) sobre o caso do policial civil Délcio Rasera seriam motivadas por desavenças antigas entre o coordenador do órgão e o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, que já atuou na PIC antes de assumir o cargo no governo.

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Segundo Kessler, esse tipo de afirmação é uma leviandade e esses boatos são uma tentativa, de má-fé, de causar intrigas entre as instituições.

O coordenador da PIC, no entanto, não esconde que não gosta de ver um promotor de Justiça, como é Delazari, em um cargo comissionado do Executivo. "Essa já é uma questão vencida. O Conselho Superior do Ministério Público já reconheceu que há uma inconstitucionalidade nisso. Não há como compatibilizar o interesse público, tutelado pelo Ministério Público, com o político-partidário". Pela resolução do conselho superior, todos os membros do MP que atuam no Poder Executivo devem se desvincular dos cargos políticos até o fim deste ano.

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