O Estado do Rio de Janeiro entrou em alerta porque a lama que vazou numa mineradora deve chegar ao noroeste fluminense ainda na tarde desta quinta-feira(11). O rompimento do dique da Mineradora Rio Pomba Cataguases, em Miraí, no sul de Minas Gerais, na quarta-feira(10), vai provocar a suspensão do abastecimento de água em toda a região. Mas a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) garante que os moradores não ficarão sem água.
A empresa responsável por vazamento pode ser multada em até R$ 50 milhões.
As chuvas dos últimos dias e o rompimento do dique, que deixou vazar dois milhões de metros cúbicos de água contaminada, fizeram o Rio Muriaé subir um metro e trinta centímetros acima do nível normal. A situação em Laje do Muriaé, município do noroeste fluminense que faz divisa com Minas Gerais, é grave. A área rural e as ruas do centro da cidade estão totalmente alagadas e a população só pode circular em botes. Os moradores passaram a manhã limpando suas casas.
Segundo um inspetor da delegacia de Laje do Muriaé, o centro da cidade está com três metros de água e nem veículos grandes, como ônibus e caminhões, estão trafegando. Os helicópteros não conseguem pousar na cidade e a água que inundou a cidade está avermelhada, mas não seria tóxica, acredita o inspetor.
A inundação destruiu plantações e está deixando a cidade vazia, pois a população está buscando abrigo em outros locais. Quatrocentas pessoas estão desabrigadas e 1500 estão desalojadas.
O abastecimento de água continua normal nos municípios de Laje do Muriaé, Itaperuna e São José do Ubá. A Cedae garante que não vai faltar água porque os reservatórios estão cheios, mas, em caráter preventivo, foi suspensa a captação de água nos municípios de Laje do Muriaé, Italva e Itaperuna. Carros-pipa já estão a caminho e a empresa anunciou que vai distribuir, ainda nesta quinta-feira (11), 140 mil copinhos de água mineral nos três municípios.
O presidente da Cedae, Vagner Victer, vai se reunir com representantes da Secretaria de Meio Ambiente, prefeituras dos municípios atingidos, representantes da Defesa Civil e técnicos para definir medidas emergenciais. Victer visitou, pela manhã, os municípios do Rio de Janeiro que fazem limite com Minas Gerais onde se constatou que o nível de turbidez (densidade de lama na água) está 200 vezes acima do normal. Cinqüenta técnicos da Cedae foram deslocados para Laje de Muriaé.
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