Uma lancha do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais personagens da Operação Lava Jato, foi leiloada na quarta-feira (12) por R$ 1,44 milhão, após não ter sido arrematada em três tentativas anteriores. A embarcação, chamada Costazul I, foi avaliada neste ano em R$ 1,7 milhão. A venda foi determinada pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, para recuperar parte dos recursos desviados da petroleira.
O comprador de Limeira, interior de São Paulo, vai pagar R$ 1,5 milhão, incluída a comissão de R$ 72 mil. Ao todo, foram feitos 105 lances feitos por 15 interessados. O nome do ganhador, que fez 10 ofertas, não foi divulgado. Ele foi identificado pela plataforma online de leilões Superbid como “pparti”.
No início do mês, a lancha foi à venda numa primeira sessão com lance inicial de R$ 1,7 milhão, mas não foi feita nenhuma proposta. A segunda sessão, realizada na quarta, teve desconto de 60% no preço, que partiu do mínimo de R$ 695 mil. O primeiro lance, no entanto, foi acima disso, em R$ 705,3 mil.
Também houve outras duas tentativas de leilão no ano passado. Em uma primeira sessão, o lance (oferta mínima) inicial era de R$ 3 milhões e, na segunda tentativa de venda, de R$ 2,4 milhões. Não foram feitas ofertas em nenhuma das duas oportunidades.
A queda de 77% da oferta mínima inicial (de R$ 3 milhões, no ano passado, para R$ 695 mil) é resultado de uma reavaliação do valor de mercado, considerando a desvalorização da embarcação pelo modelo e ano. Além disso, houve uma revisão para que a lancha fosse arrematada o quanto antes, de acordo com o Superbid.
A Costazul I tem débitos referentes ao aluguel do espaço que ocupa na Marina do Condomínio Portobello Resort e Safari, em Mangaratiba (RJ), num total de R$ 61,7 mil, atualizados até 01 de julho deste ano. O pagamento terá que ser feito por quem arrematou a embarcação.
A lancha, modelo 2013, tem 13,7 metros de comprimento (com 45 pés) e dois motores de centro com eixo Volvo Penta. A embarcação está em nome da empresa Sunset Global Investimentos e Participações, de propriedade de Costa. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras é um dos delatores do esquema de corrupção e propinas na petrolífera.
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