Um laudo técnico anexado ao inquérito do mensalão mostra que teve dinheiro público do Ministério do Esporte que foi parar nas mãos de Anita Leocádia, assessora do deputado Paulo Rocha (PT-PA). A Procuradoria-Geral da República mostra o caminho do dinheiro. Essas novas revelações sobre o caso foram mostradas neste domingo (26) em reportagem do jornal "O Globo".

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O laudo mostra que no dia 16 de dezembro de 2003 o Ministério do Esporte fez cinco repasses para uma conta no Banco do Brasil da agência SMP&B, de Marcos Valério, no valor total de R$ 202,472 mil. No mesmo dia, R$ 202 mil foram transferidos para uma conta da SMP&B no Banco Rural. Ainda no mesmo dia, o dinheiro passou por outras duas contas na própria agência. Três dias depois, a assessora Anita Leocádia retirou R$ 120 mil do Banco Rural. O laudo afirma que, no mínimo, parte desse dinheiro sacado pela assessora do deputado Paulo Rocha veio do Ministério do Esporte.

O mesmo documento cita o ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Ele é acusado de receber dinheiro de Marcos Valério em troca de vantagens. Pelo laudo da procuradoria os R$ 50 mil sacados por Márcia Regina Cunha, mulher dele, no dia 4 de setembro de 2003 no Banco Rural em Brasília, tem pelo menos uma parte proveniente da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), empresa privatizada em 1993.

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O deputado Paulo Rocha , a assessora dele, Anita Leocádia, e o ex-deputado e ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha tiveram processo aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Assessores dos deputados João Paulo Cunha e Paulo Rocha disseram que não localizaram os parlamentares para comentar o documento do Ministério Público.

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