Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato vão estender a todos os órgãos públicos federais as investigações sobre o pagamento de propinas para políticos e agentes públicos na área de publicidade. Produtoras de áudio e vídeo do País terceirizadas pelas agências de propaganda detentoras das contas governamentais serão incentivadas a fazer delação premiada.
União corta R$ 1,2 bi em pensões indevidas
Lista de irregularidades foi detectada pela Controladoria-Geral da União; para o governo, mesmo que seja economia pequena, o que vale é o esforço
Leia a matéria completaOs procuradores da República acreditam que produtoras possam ser a peça-chave para desmontar a engrenagem de um sistêmico modelo de desvios em contratos milionários de propaganda do governo federal, via pagamentos de comissão para firmas de fachada ligadas a políticos.
Para isso, querem a colaboração espontânea das empresas, com a entrega de provas de pagamentos e nomes envolvidos, para possível negociação de redução de pena quanto as implicações criminais e cíveis dessas produtoras.
Pelo menos cinco produtoras são investigadas no esquema descoberto pela Lava Jato que levou o ex-deputado petista André Vargas (sem partido-PR), seu irmão Leon Vargas e o publicitário Ricardo Hoffmann, da agência Borghi/Lowe, para a cadeia na sexta-feira - alvos da fase A Origem. a 11ª das apurações.
As produtoras de áudio e vídeo Enoise Estúdios, Luiz Portella Produções, Conspiração Filmes, Sagaz Digital e Zulu Fillmes e a agência de publicidade Borghi/Lowe - que mantém contratos com a Caixa Econômica Federal e com o Ministério da Saúde - foram alvos de quebra de sigilos bancário e fiscal decretada pelo juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato.
As produtoras foram flagradas fazendo pagamentos de comissão para duas firmas de fachada controladas por Vargas e seu irmão (LSI e Limiar Consultoria) por serviços prestados à Borghi/Lowe - nas campanhas publicitárias da Caixa e da Saúde.
As cinco produtoras informaram que foram orientadas pelo publicitário Ricardo Hoffmann - que era vice-presidente da filial Borghi/Lowe em Brasília - a realizar os pagamentos nas contas das empresas Limiar e LSI. A Caixa e o ministério disseram que abrirão apuração interna para averiguar os fatos. A agência informou que Hoffmann não é mais funcionário da agência e que cooperou com as buscas.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas
Centrão defende negociação para tentar conter excessos do STF em 2025
Prisão de Daniel Silveira contrasta com política do CNJ que relaxou saidinha em SP
Deixe sua opinião