O líder do governo na Assembléia Legislativa, Dobrandino da Silva (PMDB), explicou que a bancada aliada decidiu fazer uma manobra para esvaziar o plenário como protesto às galerias lotadas. O deputado acusou o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) de buscar manifestantes no interior do estado para pressionar os parlamentares na votação. "É uma manobra eleitoreira. Chega de Tadeu Veneri lotar galerias e fazer pressão. Ele está usando esse pessoal como massa de manobra", disse.
Para Dobrandino, o petista e representantes de movimentos sindicais entre eles o presidente da APP-Sindicato dos Professores, José Lemos teriam orquestrado a manifestação dos professores em frente ao Palácio Iguaçu no mesmo dia da votação da emenda para ganhar projeção política. Veneri estaria em busca da reeleição e Lemos tentando viabilizar sua candidatura a deputado estadual pelo PT. "Você acha que os professores têm interesse em acabar com o nepotismo? Essa gente veio do interior fazer campanha, não vamos votar sob pressão de ninguém", garantiu.
O deputado assegurou ainda que a decisão partiu da própria bancada do PMDB e que não recebeu ordens do governador. "Não acho que pegou mal para o governo. Nós é que decidimos nos retirar do plenário".
O líder do PMDB, Antônio Anibelli, também culpou o deputado Tadeu Veneri por ter levado "baderneiros e falsos professores" na Assembléia.
Apesar de ter participado diretamente das discussões para elaborar a emenda, o relator da proposta, José Maria Ferreira (PMDB), justificou que não pôde votar porque obedeceu a uma decisão do partido. (KC)
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