O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que o partido foi solidário a Antonio Palocci nos últimos dias e agora confia na decisão da presidente Dilma Rousseff de escolher a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para ser a nova ministra-chefe da Casa Civil. "Cabe a nós respeitar e confiar a decisão da presidente. O PMDB foi solidário ao ministro Palocci até o último momento. Cumprimos nosso dever. Agora é apoiar a Gleisi", disse.
Alves, porém, defendeu que é preciso dar mais poder ao ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, na tarefa da articulação política. "Para articular ele tem que ter poder, tem que ter autonomia. Espero que isso aconteça", completou.
Em meio às repercussões sobre a primeira grave crise no Planalto desde a posse de Dilma Rousseff, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que foi o quadro político que levou Antonio Palocci a pedir demissão da Casa Civil e argumentou que a decisão não está ligada diretamente às denúncias da exponencial evolução patrimonial de Palocci.
"Com certeza não foram as denúncias, mas sim o quadro político que o levou a achar inviável sua permanência no governo", declarou Vaccarezza. O líder ressaltou que o arquivamento das representações pela Procuradoria-Geral da República mostrou que não há problema na situação pessoal do ministro.
- Gleisi se diz "orgulhosa" com convite para ocupar a Casa Civil
- Saiba o que parlamentares disseram sobre saída de Palocci da Casa Civil
- Gleisi alia experiência política e gestão administrativa
- Gleisi Hoffmann é convidada por Dilma para a Casa Civil, diz nota
- Palocci pede demissão do cargo; senadora Gleisi assume Casa Civil