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A deputada, em entrevista e em discurso no plenário da Câmara, tem denunciado suposta prática de caixa dois na campanha do PSDB ao governo gaúcho, em 2006, e envolvimento da governadora Yeda Crusius em suposto caso de corrupção no Detran.

Aníbal protocolou uma representação contra Luciana Genro na Mesa da Câmara. Ele alega que a deputada está abusando das prerrogativas parlamentares asseguradas na Constituição, ao denunciar a governadora tucana sem apresentar provas. "A deputada pode encaminhar pedido de investigação quando há suspeitas de ilegalidade, pode denunciar com as respectivas provas, mas não pode acusar sem provas", afirma o líder, no pedido de abertura de processo contra a deputada.

"Ela está acusando a governadora a partir de supostas provas que instruiriam inquéritos e processos judiciais em andamento e sob segredo de Justiça", afirmou Aníbal, classificando a atitude de Luciana Genro de "leviandade gravíssima" e "absolutamente irresponsável".

Sem sigilo

A deputada afirmou que as provas das supostas irregularidades estão de posse do Ministério Público e que solicitou também que a Polícia Federal participe das investigações.

"Se a governadora está sendo caluniada pelo PSOL, por que, na condição de maior interessada, não pede ao Ministério Público Federal que abra o sigilo desse processo?", questionou Luciana Genro. "Não tememos. Mostraremos que o que chamam hoje de evidências se constituem em provas reais de corrupção", acrescentou.

Pelas regras da Câmara, o pedido do PSDB será encaminhado ao corregedor da Casa, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), para elaborar um parecer sobre a procedência ou não da representação. O parecer é submetido aos demais integrantes da Mesa.

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