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Líderes marcam reunião com o pastor Marco Feliciano para pressionar a saída dele da Comissão de Direitos Humanos da Câmara | Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Líderes marcam reunião com o pastor Marco Feliciano para pressionar a saída dele da Comissão de Direitos Humanos da Câmara| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

PSC decide manter Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos

A cúpula do PSC se rebelou e decidiu nesta terça-feira (26) manter o pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. "O deputado Feliciano já se desculpou por colocações mal feitas. Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido", disse o vice-presidente da legenda, pastor Everaldo Pereira, ao ler pronunciamento oficial.

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Feliciano diz que mantém agenda e convoca reunião para quarta

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), disse nesta terça-feira (26) que a reunião do colegiado marcada para esta quarta (27) está mantida e que tomará "algumas cautelas" para que não seja inviabilizada. Sem conseguir presidir nenhuma sessão da comissão sem protestos desde que assumiu, no início do mês, Feliciano afirmou que houve "sabotamento" na semana passada.

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Em mais de duas horas de reunião, os líderes partidários, reunidos a pedido do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidiram convocar para a próxima terça-feira (2) um encontro com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Marco Feliciano (PSC-SP). "A decisão consensual foi convidarmos o deputado Marco Feliciano para na próxima terça, às 11h, ter uma reunião com todos os líderes partidárias desta Casa, na busca de uma solução respeitosa, democrática", afirmou Alves.

"[O argumento será] que a comissão precisa se reunir, precisa comandar a comissão. Aquele clima de radicalismo não pode continuar. A comissão tem que tomar decisões, ter quórum qualificado, tem que ter a sua pauta, ter votações. E a cada semana isso não está acontecendo", disse. As pretensões de consenso empreitadas por Alves esbarram, contudo, em seu partido.

A Folhapress apurou que, junto com o PR, o PMDB se recusou nesta terça-feira (26) a divulgar, junto com os demais líderes, uma nota de repúdio pela permanência do pastor na presidência da comissão. O líder do partido na Casa, Eduardo Cunha (RJ), é da bancada evangélica. Anthony Garotinho (RJ), líder do PR, também.

Qualquer deliberação oficial do colégio de líderes exige consenso. Embarreirados pelos partidos, restou a Alves e os demais líderes voltar a apelar pela saída do deputado.

Ultimato

Na semana passada, Alves deu um ultimato ao partido para que convencesse Feliciano a renunciar ao comando da comissão."Do jeito que está, a situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável, disse Alves na última quinta-feira.

Apesar de ter manifestado a colegas insatisfação com a permanência do pastor, o presidente da Câmara tem afirmado que não há margem regimental, como uma intervenção direta, para tirá-lo da presidência. Por isso, apelou à cúpula do partido.

Em entrevista ao programa 'Pânico", da Band, gravada na semana passada, mas levada ao ar apenas no domingo, Feliciano disse que só deixaria o cargo morto."Estou aqui por um propósito, fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário, acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer", disse o pastor. Desde que assumiu o posto, no começo do mês, Marco Feliciano tem sido pressionado para deixar o cargo.

Pressão

A pressão pela sua saída cresceu após a divulgação de um vídeo, na segunda-feira, com críticas aos seus opositores. O material, publicado pela produtora de um assessor do deputado, e divulgado por Feliciano no Twitter, chama de "rituais macabros" os atos contra sua indicação e questiona a conduta de seus opositores.As duas únicas sessões da Comissão de Direitos Humanos realizadas sob o comando de Feliciano foram marcadas por manifestações contra sua permanência.

O pastor é acusado de ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas. Feliciano nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual.

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