Entenda o caso
Em 2006, a Câmara abriu licitação para contratar serviços de comunicação social.
Duas empresas venceram a licitação: a Oficina de Notícias, empresa da esposa de Derosso, Cláudia Queiroz Guedes; e a Visão Publicidade.
O aviso de licitação foi publicado apenas no Diário Popular, de circulação reduzida, e apenas as empresas vencedoras participaram.
Inicialmente, o contrato era de R$ 5,2 milhões para cada uma, mas os aditivos elevaram o valor máximo para R$ 30,1 milhões.
Foram usados R$ 31,9 milhões, num total de R$ 5,1 para a Oficina de Notícias e R$ 26,8 milhões para a Visão Publicidade. O contrato foi encerrado em maio deste ano.
No dia 21 de julho, o Conselho de Ética da Câmara reuniu-se pela primeira vez para receber denúncia protocolada por um cidadão contra Derosso por quebra de decoro.
Também no dia 21, a Federação das Associações de Moradores de Curitiba (Femotiba) protocolou pedido de impeachment de Derosso do cargo presidente da Câmara Municipal.
(Sandro Moser)
Representantes de seis partidos políticos, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Federação das Associações de Moradores de Curitiba (Femotiba) vão entregar um documento ao procurador-geral Laerzio Chiesorin Júnior pedindo a investigação dos contratos firmados entre a Câmara de Curitiba e as empresas Oficina de Notícias e Visão Publicidade Ltda. O pedido será entregue no Ministério Público de Contas do Estado do Paraná às 9h desta sexta-feira (29) e, segundo a assessoria da CUT, conta com a assinatura de líderes do PT, PMDB, PSC, PV, PC do B e PDT. A iniciativa também conta com o apoio de outras entidades como os sindicatos dos Arquitetos do Paraná, dos Servidores Municipais de Curitiba, dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina e dos Bancários de Curitiba. A representação considera as denúncias contra o presidente da Câmara de Curitiba, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), sobre o suposto favorecimento de familiares em contratos de publicidade e processos de licitações.
O documento solicita que o Ministério Público de Contas seja instaurado processo de investigação sobre todos esses atos, desde 1999, principalmente nos contratos firmados entre a Câmara e a Oficina de Notícias e Visão Publicidade Ltda. Se comprovadas as acusações, o grupo quer que o vereador Derosso perca o mandato e fique inelegível por oito anos.
Posteriormente, os documentos serão entregues ao Ministério Público Estadual e à OAB/Paraná.
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