O governador Cláudio Lembo (PFL) afirmou que a lista com os nomes dos mortos em confrontos com a polícia nos últimos dias não será divulgada. Lembo vê "uma questão de preservação da intimidade das famílias". Mas garante que "cada um terá sua certidão de óbito adequadamente emitida". Sobre as covas abertas na sexta-feira para enterros coletivos, Lembo garante que são de mortos já identificados.
- Os que vão para enterro já estão identificados. Os não-identificados ainda estão nos IMLs. Tudo será conduzido dentro do rigor, da legalidade, do estado de direito - afirmou.
O Ministério Público solicitou na sexta-feira ao Instituto Médico Legal que os corpos dos supeitos não sejam enterrados até que se esgotem todas as possibilidades de identificação.
Sobre as especulações em torno de possíveis saídas de secretários, Lembo afirmou que "não há motivo" para alterações nas secretarias.
- Todos os secretários têm se portado com muita firmeza. O Saulo (Segurança Pública) trabalhou firme, ficou 3 a 4 dias sem dormir. Gostaria de homenageá-los publicamente. Não haverá mudança alguma - afirmou.
Dizendo-se "mais calmo", após ter enfrentado "um ato diabólico", o governador disse que "a sociedade reagiu muito bem". E que, agora, está feliz. Cláudio Lembo diz não ter dúvidas sobre o acerto de sua decisão em recusar a ajuda oferecida pelo governo federal, que cogitou acionar o exército para atuar em São Paulo, no início da semana.
- Eles iam se aproveitar politicamente da situação. Eu confio nas minhas polícias. E o moral da minha tropa, como é que ficaria? - argumentou.
Lembo espera que "as operadoras atuem com toda a sua técnica" para que o bloqueio dos celulares (nas proximidades dos presídios) funcione.
- Eles têm que fazer isto funcionar, é da competência deles - disse.
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