A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que já está cumprindo a determinação da Justiça de interromper as ligações de telefones celulares de 9 presídios em 6 municípios de São Paulo - Araraquara, São Vicente, Franco da Rocha, Avaré, Presidente Venceslau e Iaras. Segundo o gerente de Regulamentação de Serviços Móveis da agência, Bruno Ramos, além das operadoras celulares - TIM, Vivo e Claro -, participam da operação a Nextel (trunking), a Embratel e A Telefônica, que utilizam radiofreqência em ligações. Porém, ele afirmou que as ligações via satélite não estão bloqueadas.
O prazo dado pela Justiça para que os projetos de bloqueio fosse instalado foi de 48 horas, considerado curto por Ramos. Ele disse que a solução para bloquear as ligações foi encontrada caso a caso. Para isto, eles reduziram os sinais ou desligaram alguns setores das Estações Rádio-Base (ERBs). Mas para o técnico, não adianta somente bloquear as ligações dos presídios, outras medidas técnicas e de segurança devem ser adotadas.
- Não é uma coisa simples. Se fosse simples já tinha sido feita. Vamos avaliar os projetos - disse.
Quando os presídios são localizados nos centros da cidade as soluções técnicas são ainda mais complexas. Segundo Ramos, se tiver presídio dentro da cidade é impossível não atingir a população vizinha com o desligamento das antenas.
- É possível haver uma restrição (de comunicação) para a população. Penso que o número de usuários atingidos será muito pequeno - avalia.
A partir deste sábado haverá uma equipe de plantão da Anatel em São Paulo e na próxima semana a agência vai fazer avaliações diárias do andamento do bloqueio das transmissões. A determinação da Justiça prevê que o bloqueio vai vigorar durante 20 dias. A Acel, associação que reúne as operadoras de celular, não vai recorrer à Justiça contra a medida.
Ramos disse que ainda não tem uma estimativa de quantos usuários de celular poderão ser atingidos pelo bloqueio. Porém, o setor avalia que 400 mil moradores da região poderão ter problemas em seus celulares. Bruno Ramos contou que os técnicos procuraram a melhor solução técnica, com o menor impacto para a população.
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