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A unidade de Duque é estratégica na estatal e se transformou em um dos maiores focos de corrupção e propinas desmantelado pela Lava Jato | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
A unidade de Duque é estratégica na estatal e se transformou em um dos maiores focos de corrupção e propinas desmantelado pela Lava Jato| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O empresário Fernando Moura, apontado como lobista do PT e ligado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), declarou em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato que recebeu pagamentos de US$ 10 mil mensais pela indicação, em 2003, do engenheiro Renato Duque à diretoria de Serviços da Petrobras. A unidade é estratégica na estatal e se transformou em um dos maiores focos de corrupção e propinas desmantelado pela Lava Jato.

“Recebia uma ‘recompensa’ pela indicação de Renato Duque de US$ 10 mil mensais; tais valores eram pagos a cada três meses e tais pagamentos se estenderam durante todo o período em que permaneceu fora do Brasil”, afirmou em depoimento, referindo-se à época em que migrou para os Estados Unidos.

Os pagamentos teriam sido feitos pela empreiteira Etesco Construções e Comércios, segundo afirmou Moura em um de seus depoimentos. Nesta segunda-feira, 21, o juiz federal Sérgio Moro homologou a delação do empresário.

Em 2003, primeiro ano do governo Lula, um dos sócios da Etesco, identificado como Licínio, teria pedido ao lobista que apresentasse Renato Duque a Silvio Pereira, quadro importante do PT na ocasião. “Licínio apresentou Renato Duque para Silvio Pereira; que depois de algum tempo de entrevista, Silvio Pereira dispensou Renato Duque e sinalizou ao declarante (Fernando Moura) que ele Duque tinha boas chances de ocupar o cargo; que ao receber o sinal verde de Silvio Pereira, o declarante aguardou a comunicação formal da aprovação do nome do Renato Duque e organizou um almoço para comemorar com ele e com os irmãos da Etesco.”

“Tão logo confirmada a indicação de Duque, Licínio agradeceu o esforço do declarante e acertou que a Etesco lhe pagaria US$ 30 mil a cada três meses como recompensa pela ajuda na nomeação de Renato Duque; que o declarante tomou conhecimento de que a Etesco já tinha um contrato com a Petrobras; que depois da nomeação de Duque o contrato se ‘multiplicou’; que os porcentuais de tais contratos que eram repassados para o esquema eram iguais aos demais contratos, algo em torno de 3% do valor do contrato.”

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