O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (6) que, para governar, e também para tomar atitudes que posteriormente mostraram-se corretas, como as medidas econômicas que tornaram o País mais resistente à crise global, teve de passar por cima do PT por muitas vezes. Segundo ele, um presidente da República, no Brasil, tem tanta responsabilidade, que se vê obrigado a montar bases fortes no Senado e na Câmara com uma grande quantidade de partidos e não somente o seu. "Com isso, eu só perdi uma votação importante, que foi o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira)" - o imposto do cheque.
A declaração do presidente foi feita durante uma entrevista coletiva em São Luís, na presença da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), logo depois que eles sobrevoaram de helicóptero a área de um raio de 250 quilômetros atingida pelas enchentes. Lula fez o comentário a respeito das vezes em que teve de passar por cima do PT ao ser questionado se o seu partido não é por demais radical, como ocorre no Maranhão, em que o deputado petista Domingos Dutra comanda uma batalha sem tréguas contra família Sarney e contra Roseana.
Lula chegou a dizer que não entende por que dois políticos de uma mesma região, por serem de partidos diferentes, não se entendem e evitam levar benefícios para o Estado. "Às vezes o que se vê é que um tenta sabotar o outro, de forma a impedir que o progresso avance", afirmou. Mesmo assim, Lula disse que não estava dando um puxão de orelhas em Dutra.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano