O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu destinar o Ministério da Integração Nacional para o PMDB e escalar o deputado Geddel Vieira Lima (BA) para comandá-lo. Ambos reuniram-se nesta segunda-feira, na presença do governador Jaques Wagner (BA) e do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, e as colocações feitas pelo presidente foram todas nesta diração, embora não tenha ocorrido um convite formal. A proposta de participação do PMDB no governo será oficializada nesta terça-feira, às 16 horas, quando o presidente recebe, no Palácio do Planalto, o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e o líder da bancada na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Durante a conversa, que durou cerca de uma hora e meia, o presidente em nenhum momento falou no oferecimento de um segundo ministério para ser ocupado por outro deputado da bancada de 89 deputados do PMDB. Ficou subentendido que o médico sanitarista José Gomes Temporão será o ministro da Saúde dentro de uma cota técnica do partido, sustentada pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, a exemplo do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, profissional do setor elétrico ligado ao senador José Sarney (PMDB-AP). O encontro foi relativamente contraída e o presidente Lula fez questão de tirar fotos ao lado de seu futuro ministro.
A conversa também teve como objetivo debater a convenção do PMDB de domingo e os efeitos, para o governo Lula, do desfecho da disputa entre o atual presidente e o ex-presidente do STF Nelson Jobim. De acordo com um dos presentes, Geddel tranquilizou o presidente, afirmando que esta disputa não afetará a disposição dos dois grupos do partido de apoiar seu governo. O peemedebista afirmou que o único cuidado que o presidnete deveria ter seria o de contemplar a ala da Câmara a exemplo da participação que a ala do Senado já tem. Argumentou ainda que o melhor caminho era o presidente tratar os dois grupos do PMDB como trata as diversas tendências do PT, com a vantagem de que os peemedebistas estão divididos em dois grandes grupos.
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