O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência em seu gabinete para discutir a crise dos controladores de tráfego aéreo, que, há mais de uma semana, vem provocando atrasos e cancelamentos de vôos civis, especialmente em Brasília e São Paulo.
Lula convocou os ministros da Casa Civil, Dilma Roussef; da Defesa, Waldir Pires; o comandante da Força Aérea, brigadeiro Luiz Carlos Bueno; e dirigentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Infraero. A reunião acontece esta tarde, informou uma fonte do Planalto.
E em mais uma tentativa para resolver o caos nos aeroportos, com atrasos e reclamações em todos os aeroportos do país, o ministro da Defesa, Waldir Pires, vai se reunir no início da noite desta terça-feira com os representantes do sindicato dos controladores de vôosatrasos e reclamações em todos os aeroportos do país.
A audiência foi solicitada pelo sindicato, e o ministro vai aproveitar a reunião para tentar encontrar soluções emergenciais, como a convocação de controladores de vôos aposentados. A negociação deve entrar pela noite e não devem sair soluções urgentes, que possam resolver ou minimizar o problema ainda hoje.
Os controladores de tráfego aéreo são militares e não têm representação sindical, mas na prática estão trabalhando em ritmo de operação-padrão. Cerca de 40 vôos sofreram atrasos ou suspensões na manhã desta segunda, de acordo com o Ministério da Defesa.
Embora não reconheça formalmente que os atrasos decorrem de um movimento reivindicatório, o ministro Waldir Pires disse a jornalistas nesta segunda-feira que o governo vai "examinar a questão salarial" e a possibilidade de formação de mais controladores de vôo.
- Teremos que conversar, tranqüilizar e determinar uma abundância maior de profissionais controladores para enfrentar isso - disse Waldir Pires.
Nesta terça-feira, os passageiros enfrentaram o quinto dia consecutivo de atrasos nos principais aeroportos brasileiros em decorrência da operação-padrão decretada pelos controladores de tráfego aéreo que trabalham no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília.
Após a colisão entre o jato Legacy e o Boeing 737-800 da Gol, em 29 de setembro, no Mato Grosso, onde morreram as 154 pessoas a bordo, a categoria decidiu que não trabalharia mais acima de sua capacidade. Por isso, os controladores resolveram na semana passada que respeitariam todos os procedimentos de vôo de aeronaves.
A operação-padrão foi uma reação da categoria à suspeita de que a conduta de um funcionário do Cindacta 1 teria contribuído para o acidente.
Na segunda-feira, o governo federal tentou encontrar soluções rápidas para o problema, mas não conseguiu.
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