O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (31), que tomará uma decisão para solucionar a crise do tráfego aéreo brasileiro até a próxima terça-feira (3).
"É uma coisa estrutural que temos de resolver. É um problema meu, do ministro da Defesa, dos controlares de vôo e da sociedade, que não pode ser vítima. Tudo isso vou conversar na segunda-feira, com o ministro da Defesa, com José Alencar (vice-presidente), e vamos encontrar uma solução até terça", disse o presidente.
Lula falou rapidamente aos jornalistas ao sair da Blair House, localizada próxima à Casa Branca, residência oficial do presidente norte-americano. O brasileiro deixou o local para se encontrar com George W. Bush em Camp David, casa de campo do presidente norte-americano. Os dois presidentes devem conceder uma coletiva de imprensa.
O presidente Lula disse ainda que os controladores "precisam ter mais responsablidade", uma vez que exercem função que tem influência na vida de outras pessoas.
"Eu não posso aceitar a idéia de que o comportamento de certas pessoas, por mais justas que sejam as reivindicações, possa deixar pessoas no aeroporto mais de oito horas sem levar em conta que tem crianças. As pessoas que têm funções essenciais, precisam ter mais responsabilidade", afirmou.
Lula lembrou de quando era sindicalista e afirmou que, quando organizava greves, "tomava o cuidado de não paralisar setores essenciais". O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já anunciou que o governo prepara um projeto para limitar greves nos setores básicos.
Para o presidente, o país "vive uma situação de anomalia". "Quanto um time entra em campo ele vai utilizar onze jogadores, mas tem uma equipe de seis ou sete para substituí-los. Você só pode tomar situação drástica, se tem equipe que substitua. Estamos vivendo uma situação de anomalia."
Chegada
Ao chegar nos EUA, na noite de sexta (30), o presidente não quis comentar a nova crise nos aeroportos brasileiros. O presidente ficou sabendo do novo caos aéreo durante o vôo para os Estados Unidos e determinou que os controladores de vôo não fossem presos, conforme havia sugerido o comando da Aeronáutica.
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