O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (7) que o próximo presidente do país terá que fazer mais na área social do que foi feito durante o seu mandato "porque se fizer menos, terá vida muito curta no governo".
Lula voltou a dizer, durante o Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Social, que pretende registrar em cartório todas as ações do seu governo quando sair da Presidência. Segundo ele, isso vai exigir que o próximo governo eleve "os paradigmas de conquistas e melhorias de vida da sociedade brasileira"
Segundo ele, o registro em cartório das políticas sociais do governo é um "compromisso importante" para a sociedade para que "não apareça nenhum engraçadinho para destruí-las", discursou.
O presidente lembrou ainda as dificuldades políticas do governo em 2005, quando o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou a existência de um esquema de compra de votos, conhecido como mensalão, para engordar a base aliada do governo no Congresso Nacional.
"Todos vocês acompanharam as inquietações que tivemos aqui em 2005. Todos vocês acompanharam o que fizeram com o governo em 2005. Como as políticas sociais eram negadas e muitas vezes escondidas", disse. "E, no final do primeiro mandato, descobriram a grande obra que era o Bolsa Família, 'que era para ajudar o Lula a conseguir o segundo mandato', disse.
Segundo Lula, as críticas ao programa cresceram com o tempo. " Poderiam ter feito as críticas no começo, mas só quando descobriram que dava certo enveredaram para a questão política", afirmou.
O presidente brincou ainda com os programa de crédito consignado do país. Segundo ele, já foram emprestados mais de R$ 90 bilhões por intermédio desse mecanismo. "Eu ainda não entrei no crédito consignado, mas estou me preparando para quando sair da Presidência, porque não vou ter como ganhar dinheiro com palestra, porque quando vou no sindicato eles pedem para eu pagar até a passagem", declarou. "Tem gente que ganha R$ 200 mil para fazer palestra, e eu se ganhar dois conto já estou feliz", brincou.
O presidente também disse que a partir do próximo ano o programa "Territórios da Cidadania" deve ser expandido para grandes centros urbanos.
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