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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente José Alencar prestaram nesta segunda-feira o compromisso de defender a Constituição, observar as leis e defender a democracia brasileira. Em seguida, o presidente do Senado, Renan Calheiros, os declarou empossados no cargo.

Lula deixou pouco antes das 16h desta segunda-feira o Palácio da Alvorada, acompanhado da primeira-dama Marisa Letícia e do vice-presidente José Alencar, para a cerimônia de posse. Cerca de 40 militantes do PT aguardavam a saída de Lula para saudar do presidente. Mas eles ficaram frustrados: Lula não aproximou para cumprimentos. A agenda da posse estava atrasada.

Ao chegar à Catedral de Brasília, Lula embarcou no Rolls Royce da Presidência da República. Durante o desfile em carro aberto, o presidente foi saudado pelos dragões da Independência e por populares. O vice-presidente, José Alencar, seguiu atrás, em um Ford 29, com sua esposa, dona Mariza Gomes.

No discurso de posse que fará nesta tarde no Congresso,Lula vai reforçar seu compromisso de um crescimento vigoroso e acelerado para avançar no desenvolvimento, sem descuidar da estabilidade do rigor fiscal. Sem o clima de lua de mel com a população que marcou a primeira posse, o discurso desta segunda no Congresso deve fugir de temas como o combate à corrupção, reformas e mudanças do modelo econômico.

A Polícia Militar estima que haja cerca de 10 mil pessoas em toda a Esplanada dos Ministérios para acompanhar a posse. Apesar da chuva, cerca de 500 pessoas estão concentradas em frente ao Palácio do Planalto com bandeiras, faixas e cartazes em homenagem ao presidente. A maior parte do público usa guarda-chuvas para se proteger da chuva fina que cai em Brasília. O programa original da cerimônia de posse previa que o presidente Lula, depois de ser empossado no Congresso, percorresse a rampa do Planalto. A subida, porém, pode ser cancelada se continuar chovendo. O discurso no parlatório, entretanto, está mantido porque foi instalado um toldo sobre o local preparado para o pronunciamento de Lula.

Três governadores não devem participar da cerimônia

Dos treze governadores previstos na posse do presidente, três não devem comparecer à cerimônia, a julgar pela decisão do cerimonial, que não lhes reservou lugar. São eles Ana Júlia Carepa, do Pará, Blairo Maggi, do Mato Grosso, e Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul. A tucana Yeda Crusius disse que viria à posse, mas não há lugar reservado para ela.

O presidente não dará posse coletiva aos ministros, que ficam na Esplanada até a reforma ministerial, no início de 2007. O presidente deverá fazer a reforma só em fevereiro, após as eleições para presidência da Câmara e do Senado. Dos mais de 30 ministérios e secretarias nacionais, o presidente deve pôr ao menos 12 na mesa de negociação com os partidos aliados que formam o governo de coalizão.

O presidente fará dois discursos: no Congresso, para políticos e convidados, e no Parlatório do Planalto, para o povo. Não haverá coquetéis ou jantar.

- O presidente pediu uma posse sóbria e forte politicamente - disse o coordenador do evento, Cézar Alvarez.

Chanceler italiano é única autoridade estrangeira

O ministro de Assuntos Exteriores da Itália, Massimo D''Alema, cumprimenta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse nesta segunda-feira - EFEO chanceler e vice-primeiro-ministro da Itália, Massimo D’Alema, será a única autoridade estrangeira presente. O italiano é convidado do presidente e não estará representando seu país. Ele e Lula têm laços de amizade devido à militância de esquerda.

O governo deve gastar pouco mais de R$1,1 milhão na festa. Haverá um show na Praça dos Três Poderes e convidados especiais: parceiros e beneficiários de programas do governo, como Bolsa Família, Pronaf e Luz para Todos.

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