O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi comunicado, pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre seu tumor nesta última sexta-feira (24), informou o Palácio do Planalto neste sábado (25).

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A ministra, de 61 anos, anunciou neste sábado, em São Paulo, que retirou um tumor de 2 cm em sua axila esquerda. Segundo seus médicos, o tumor era um linfoma, um câncer do sistema linfático (parte do sistema de defesa do organismo).

Encontro reservado

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Segundo o Palácio do Planalto, a ministra informou ao presidente da República sobre seu tumor em "encontro reservado". Disse ainda a Lula que iria a São Paulo neste sábado para fazer mais exames e que, provavelmente, faria um comunicado à imprensa sobre o assunto.

O Planalto não soube informar qual a reação do presidente Lula ao anúncio de que a ministra Dilma Rousseff estaria com problemas de saúde, uma vez que não houve outros interlocutores presentes no encontro. A assessoria de imprensa da Presidência da República informou ainda que Lula não deverá se manifestar sobre o assunto neste fim de semana.

Tumor

De acordo com a equipe médica que atendeu à ministra-chefe da Casa Civil, o tumor foi retirado para ser avaliado. Exames posteriores detectaram que ele era o único foco da doença no organismo. Dilma deu entrevista com seus médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff e Yana Novis na tarde deste sábado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Segundo os médicos, Dilma deve passar agora por quatro meses de quimioterapia preventiva para evitar o surgimento de novos nódulos. Para facilitar a administração dos medicamentos nesse período, ela passou por uma cirurgia de implantação de um cateter embaixo do braço direito.

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Sucessão presidencial

Dilma Rousseff é considerada o principal nome do PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. Em 15 de abril, em entrevista à Rádio Globo, Lula disse: "Fazer minha sucessão é uma tarefa gigantesca. Todo mundo sabe que tenho intenção de fazer com que Dilma seja candidata do PT e dos partidos, mas se ela vai ganhar vai depender de cada brasileiro".

A ministra não quis comentar o impacto do tratamento em uma eventual campanha eleitoral no próximo ano. Apesar da quimioterapia, Dilma afirmou que não vai reduzir nem diminuir suas atividades. "Vou manter minha atividade como ministra no mesmo ritmo. Esse tratamento não implica que eu tenha que me retrair ao deixar de comparecer à minha atividade. Acredito que até vai ser um fator para me impulsionar. Na vida, a gente enfrenta desafios. Esse é mais um desafio", disse ela.