O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira a formação de uma coalizão eleitoral e a participação do PMDB no governo federal durante encontro com o presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia. Segundo o senador Aloizio Mercadante, Lula disse que gostaria de ter o partido numa coligação formal e ofereceu ao partido a candidatura a vice em sua chapa. O senador, candidato do PT ao governo de São Paulo, também ofereceu ao PMDB a vaga de vice. Ao sair da audiência, Mercadante disse que uma coligação entre PT e PMDB em São Paulo só será possível se também ocorrer um entendimento nacional.
- O PMDB pode fazer aliança em São Paulo com o PT a partir de um projeto nacional. Gostaria que o PMDB indicasse o vice de minha chapa, mas não sei se isso é possível - disse Mercadante.
O ex-governador Orestes Quércia vai agora se encontrar com o pré-candidato do PMDB à Presidência, senador Pedro Simon (RS). Quércia disse que a conversa com Lula foi excelente e que vai conversar com os companheiros do PMDB nacional e seus correligionários em São Paulo para avaliar a possibilidade de aliança, mas afirmou que continua defendendo a candidatura própria à Presidência.
O deputado Macelo Barbieri (PMDB-SP), que também participou da reunião, disse que a tendência é que o PMDB tenha um candidato próprio ao governo de São Paulo, mas afirmou que essa posição poderá mudar se houver evolução nos entendimentos entre o PMDB e Lula.
Dentro das negociações, a proposta é de o PMDB apostar na manutenção de Alencar como vice de Lula, com a promessa de em 2007 ele trocar o PRB pelo PMDB. Nesta terça, Alencar e seus aliados mantiveram um discurso de que ele não pretende trocar de partido. Mas, segundo um dirigente petista, as negociações caminham para a manutenção de Alencar na chapa. O presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), também vem sendo procurado pelo Palácio do Planalto. Lula já tem o apoio declarado do senador José Sarney (PMDB-AP).
Berzoini, que esteve nesta terça-feira com Lula, tem dito que é muito difícil uma coligação formal com o PMDB devido às divergências. Mas ele acredita num acordo com setores do partido. Sobre Alencar, Berzoini tem defendido seu nome, afirmando que ele tem sido "leal e competente".
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