O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (5) com os líderes da base aliada da Câmara dos Deputados e pediu empenho para aprovação da reforma tributária ainda neste ano. O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que sua expectativa é que o texto com as mudanças no sistema tributário seja votado na comissão especial criada para debater o tema até a próxima semana e até o final do ano a reforma seja apreciada pelo plenário da Casa.

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Para ser aprovada, a reforma precisa do apoio de pelo menos 308 parlamentares na Câmara. "Nós pedimos para falar com o presidente para falar da proposta e para fazer uma mobilização final para votar a reforma", contou o deputado.

Também estavam na reunião o presidente da comissão especial, deputado Antônio Palocci (PT-SP), o relator do projeto, deputado Sandro Mabel (PR-GO), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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Fontana disse que a reforma tem recebido apoio da maioria dos governadores e que havia apenas uma postura mais radical, do governador de São Paulo, José Serra. "O que eu sinto é uma postura mais crítica do governador de São Paulo, mas vamos negociar com a ampla maioria do setor produtivo, que tem apoiado a reforma, porque ela traz muitas desonerações, inclusive na folha de pagamento", argumentou.

Segundo ele, a receita dos estados está garantida na reforma e que o Fundo de Estabilização das Receitas – que está sendo criado pelo projeto – não permitirá perda de arrecadação.

Ele ressaltou que a reforma não ter a ver com a crise, mas que a aprovação do projeto dará um sinal positivo para o mercado. "Ela é importante porque os cálculos mostram que a reforma pode trazer um aumento de até 10% no ritmo de crescimento", disse.

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