A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) disse nesta segunda-feira (6) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe pediu que assumisse uma postura de liderança na preparação da campanha à Presidência em 2010 da virtual candidata e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Marta já teve papel semelhante ao coordenar a campanha pela reeleição do presidente Lula em São Paulo, em 2006. Segundo ela, o trabalho já tem sido feito junto às bases do partido no Estado e aos novos filiados.
"Foi um convite do presidente também ao João Paulo (ex-prefeito de Recife) e ao Fernando Pimentel (ex-prefeito de Belo Horizonte) para que assumíssemos uma postura de liderança. Tenho conversado e trabalhado junto com o PT e com o Edinho Silva (presidente estadual da legenda) e estamos caminhando bem. Vamos ter agora grandes eventos no Estado e espero que a militância do PT compareça", disse ela, após participar do debate O Brasil Diante da Crise Mundial, na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Embora cada vez mais exerça um papel de destaque no governo Lula e seja a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Pacote Nacional de Habitação (Minha Casa, Minha Vida) a eventual candidatura da ministra não foi assumida oficialmente nem por Dilma nem pelo presidente Lula. "Pessoalmente, tenho feito um trabalho de base. Nesta semana, estive em Suzano e em Jandira. É um trabalho de militância mesmo pé no barro. Eu gosto disso e estou tendo prazer em fazer", afirmou.
Marta, que deixou o cargo de ministra do Turismo para concorrer no ano passado às eleições para a Prefeitura da capital paulista na qual foi derrotada pelo atual prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que assumir a função de coordenar a pré-campanha de Dilma em São Paulo só foi possível porque ela não está exercendo nenhum cargo no Executivo ou no Legislativo.
"Estou fazendo um trabalho de base, com o povo mesmo e com os novos filiados que estão entrando. Explico o porquê da nossa candidata, o que é o PT e o nosso governo. Estou gostando de fazer porque estive por muito tempo em cargos que não me permitiam isso. É muito bom voltar às bases, amassar barro. Estou gostando", afirmou Palocci.
Marta disse também que apoia a candidatura do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci para o governo de São Paulo em 2010. Na avaliação dela, Palocci, atualmente deputado federal pelo PT em São Paulo, é o melhor nome da legenda para o cargo. "É o que mais agrega. É um nome de consenso no partido. Os outros postulantes não são postulantes caso ele seja o candidato", afirmou. "Sua experiência nacional, maturidade, capacidade de articular e bom relacionamento com todas as classes sociais fazem com que ele seja, neste momento, o candidato mais adequado para o Estado de São Paulo.
Palocci, que falou no evento sobre a economia brasileira e os impactos da crise financeira internacional no País, deixou a Assembleia às pressas e respondeu a poucas perguntas dos jornalistas. Questionado sobre a candidatura ao governo de São Paulo, ele respondeu que ainda é cedo para haver discussões conclusivas sobre o assunto. "É normal que o partido debata, mas a escolha do candidato no PT é só no ano que vem", respondeu.
"Não vou dizer que nunca passou pela minha cabeça", disse Palocci, que já foi prefeito de Ribeirão Preto. Questionado sobre se está preocupado com o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do caso de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, respondeu: "Não, estou aguardando".
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