O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (1º) que este é um “momento de irracionalidade da sociedade brasileira”. Num discurso dirigido à base social, conclamou militantes a “pelejar” contra os que, segundo ele, ameaçam a democracia.
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Leia a matéria completa“Tem gente indo para rua para defender o fim da democracia. Contra esses, temos que lutar”, afirmou.
Ao falar sobre as manifestações, no entanto, Lula sugeriu que governo Dilma e petistas façam uma autocrítica.
“A única coisa é que temos que medir as consequências é se nós estamos fazendo aquilo que nós propusemos a fazer. Se a gente está certo ou se a gente está fazendo tudo ou se tem alguma coisa para a gente fazer. E a gente tem que medir a pressão para saber também por que eles estão se manifestando”, discursou ele, no lançamento do “Memorial da Democracia”, produzido pelo Instituto Lula.
O ex-presidente admitiu ainda que petistas cometeram erros e devem pagar por isso. “Temos que levar em conta que cometemos erros. Temos defeitos. Mas ninguém fez mais o que nós fizemos por esse país.”
Apesar de sugerir que o governo avalie se “merece ou não” os ataques de que é alvo, ele ironizou os manifestantes.
“As pessoas batendo baterem panela quando tem pronunciamento nosso é um ato democrático. Não incomoda ninguém, não atrapalha tanto. O problema é que a empregada depois vai lavar a panela e aí é difícil. Se tiver amassada, vai ser complicado.”
Mesmo pregando um mea culpa, Lula alfinetou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, ainda no governo ofereceu um jantar a empresários para arrecadação de recursos em benefício do instituto.
“Tomei atitude de que não iria conversar sobre isso enquanto eu fosse presidente da República, porque tem presidente que fez reunião, enquanto era presidente, com empresário para arrecadação. A imprensa finge que não ouve. Eu me recusei a discutir qualquer coisa para o meu instituto enquanto estivesse exercendo meu mandato de presidente da República.”
Nem o prefeito Fernando Haddad escapou. Lula disse que ele não fora ao evento, realizado em São Bernardo, porque se locomovia a 50 km por hora ou de bicicleta. A gracinha antecedeu seu discurso político.
“Falar da democracia é necessidade de sobrevivência nossa, de sobrevivência para quem faz política. O momento que estamos vivendo é muito delicado, delicadíssimo. Trato isso como momento da irracionalidade emocional”.
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