Em discurso a representantes dos movimentos sociais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou, nesta segunda-feira (7), o país a um trem fora dos trilhos. Foi uma maneira de pedir uma trégua aos movimentos sociais que, hoje, exigem mudanças na política econômica. Ao ouvir críticas à condução da política econômica, ele disse que o Brasil “ vive um momento difícil”.
“É como se estivéssemos num trem descarrilhado. Agora, não temos que ficar brigando pelo vagão que a gente vai. A gente precisa colocar o trem outra vez nos trilhos. Quando estiver nos trilhos, a gente pode brigar se vai de primeira ou segunda classe”, discursou.
CRISE POLÍTICA: Acompanhe as últimas notícias sobre o Impeachment da presidente Dilma
ENQUETE: Veja o que pensa a bancada do Paraná na Câmara sobre o impeachment de Dilma
Lula pediu ainda que os movimentos sociais fiquem de “olho no Congresso”. Ele lembrou o movimento pelas Diretas Já durante a ditadura militar, que tomou as ruas, mas foi rejeitado pelo Congresso Nacional. Na reunião, o ex-presidente pediu que a base social do governo tenha cuidado com a data para organização de suas manifestações --seu medo é que seja marcada num dia sem público. “Por favor, não marquem no dia 24 ou no dia 31 [de dezembro]”, disse.
CUT
A CUT já tem um ato marcado contra o impeachment da presidente Dilma para esta terça-feira (8). Eles vão protestar contra o que chamam de “tentativa de golpe” em frente à igreja da Candelária, centro do Rio. O ato seguirá até a Cinelândia.
Em nota, a CUT repudiou a “atitude chantagista e antidemocrática” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que a sociedade “não vai aceitar passivamente esta tentativa declarada de golpe de Estado”. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) vai apostar no mote “Fora Cunha” a fim de atrair participantes para seus futuros protestos.
O próximo deles deve ser realizado na semana seguinte ao do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Vem Pra Rua, como contraponto --ambos, contrários ao governo Dilma, têm atos previstos para domingo (13).
A avaliação dos sem-teto, segundo Guilherme Boulos, um dos coordenadores do grupo, é que Dilma faz um governo “indefensável”, devido ao ajuste fiscal; mas a ascensão do vice, Michel Temer (PMDB), seria ainda pior para os trabalhadores.
Braga Netto repassou dinheiro em sacola de vinho para operação que mataria Moraes, diz PF
Defesa de Braga Netto diz que provará que não houve obstrução das investigações
Parlamentares de direita e integrantes do governo repercutem prisão de Braga Netto
Da revolução à ruína: a fraqueza original que selou o destino do comunismo soviético