| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Arquivo

Os advogados do ex-presidente Lula pediram a condenação de um delegado da Polícia Federal (PF) por danos morais. Na ação, Lula pede o pagamento de R$ 100 mil do delegado que, no indiciamento do ex-ministro Antonio Palocci, citou a suspeita de que o codinome “Amigo”, que aparece nas planilhas da Odebrecht, seja Lula. O delegado, no entanto, não é o responsável pela apuração de supostos crimes cometidos pelo ex-presidente.

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“Protocolamos na data de hoje, na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ação de reparação de danos morais contra o Delegado de Polícia Federal [...], em virtude de afirmação ofensiva e mentirosa por ele lançada sobre o nosso cliente em relatório relativo a inquérito policial no qual ele não figura como investigado”, afirmaram, em nota, os advogados de Lula.

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No documento,o delegado escreveu que, embora exista respaldo probatório e coerência investigava para se considerar que o “Amigo” das planilhas seja uma referência a Lula, a apuração de responsabilidade criminal não compete ao núcleo investigativo da Lava Jato do qual o delegado faz parte. Segundo ele, as provas já são de conhecimento de Márcio Adriano Anselmo, responsável pela investigação de Lula.

Segundo os advogados de Lula, o intuito do delegado era causar prejuízo à imagem e à reputação de Lula.

“Assim, na busca da fama instantânea, usou do cargo e da função para emitir um juízo negativo contra o autor [da ação, Lula], sem qualquer base e fora de suas atribuições funcionais”, escreveram os advogados do ex-presidente na ação protocolada. “A conduta, aliás, não só é incompatível com o respeito que merece um ex-Presidente da Republica eleito por dois mandatos, como também é inconciliável com as atribuições de um Delegado de Polícia Federal”, afirmaram.

Os advogados pedem que, em reparação aos danos morais que teriam sido sofridos por Lula, o delegado pague R$ 100 mil reais ao ex-presidente, além dos custos processuais de Lula.

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