Depois de uma semana recolhido, sem viajar e sem participar de grandes eventos políticos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma as articulações políticas com vistas a consolidar apoios para sua campanha á reeleição. Na segunda e na terça-feira, ele estará em Salvador participando da Conferência de Intelectuais da África e Diáspora.Lula passou o domingo no Palácio da Alvorada sem receber convidados até mesmo para o jogo final da Copa de Futebol.
Antes de viajar para a Europa, na tarde deste domingo, onde visitará Lisboa e Bruxelas, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência da República, negou que o governo paulista tenha perdido o controle dos presídios estaduais. Ele negou e citou números.
- Um fato importante, a fuga no estado de São Paulo no ano passado foi 0,13%. Isso é número europeu: 0,13%. E nas penitenciárias de segurança máxima foi zero, zero, zero, zero. Não existe fuga nas três penitenciárias de segurança máxima, em Presidente Bernardes, Avaré e Taubaté - disse Alckmin.
Para o ex-governador, o combate ao crime organizado que atua nos presídios deve continuar a ser feito com investigação, inteligência policial e com a prisão de membros do crime, "sejam mandantes ou não".
- É perseverar nesse trabalho, que esse problema será vencido. Isso é uma guerra, todo dia tem uma batalha a ser vencida. Às vezes se perde uma batalha, mas o importante é a firmeza com que a questão vem sendo tratada.Geraldo Alckmin chega nesta segunda-feira ao aeroporto de Lisboa. Ao meio-dia (horário de Portugal) ele se encontrará com o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva e, à tarde, se reunirá com o primeiro-ministro José Sócrates Carvalho Pinto Sousa. À noite, o tucano participa de jantar oferecido pelo presidente da Fundação Luso-Brasileira, João Oliveira Rendeiro.
Na terça-feira o candidato do PSDB vai a Bruxelas para se reunir, às 16h, com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso. Às 20h Alckmin embarca no trem bala que vai de Bruxelas, na Bélgica, para Paris, capital da França. Na mesma noite, às 23h15, embarca de volta a São Paulo.
Pelo segundo dia seguido a desorganização na agenda da senadora Heloisa Helena, candidata do PSOL à Presidência da República, provocou atrasos na agenda de campanha.
Neste domingo, a senadora atrasou em mais de duas horas o início de uma caminhada pelo parque do Ibirapuera. No sábado, em Campinas, Heloisa tinha um evento agendado para as 14h30m, no Sindicato dos Metalúrgicos da região, e só chegou às 16h. A senadora atribuiu os atrasos à falta de estrutura financeira da campanha.
- Sei que terei que fazer nascer um Davi por dia no meu coração para vencer as enormes dificuldades que terei pela frente. Ao contrário de outros candidatos, não uso a estrutura do mandato para fazer campanha. Não temos nem assessor de comunicação porque não temos dinheiro para pagar - disse ela.
Segundo o deputado Ivan Valente, o motivo do atraso foi um erro logístico. No mesmo horário da caminhada uma grande parada militar celebrava o 9 de julho, dia da Revolução de 32.
- Não contávamos com a dispersão da parada - disse Valente.Diante da dificuldade de Heloisa em chegar de carro ao local, os coordenadores do evento decidiram mudar o local da concentração para o portão da rua 4º Centenário. Àquela altura, cerca de 30 dos 100 participantes do evento tinham ido embora. No portão, a confusão aumentou. A área está em obra e a entrada parcialmente obstruída. A chegada dos militantes do PSOL congestionou o local e formou um tumultuou com carrinhos de bebê, bicicletas e até uma briga de cachorros. Alguns freqüentadores do parque reclamaram, mas a maior parte foi simpática à senadora.
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