O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu nesta sexta, em São Paulo, que torcerá e rezará por seu sucessor. Ele lançou mão de um de seus famosos bordões para dizer que "pela primeira vez na história do País, um presidente da República vai torcer para o outro dar certo".
Lula reclamou que a tradição no Brasil é fazer o oposto. "Lamentavelmente, a prática histórica desse País é quem perde torcer para outro cair em desgraça", disse. "Eu, quando deixar a Presidência, vou ser o primeiro presidente a torcer e rezar todo santo dia para quem me suceder fazer muito mais coisas do que eu o dobro, o triplo.
Em discurso na abertura do 9º Congresso Nacional de Iniciação Científica, na FMU, na capital paulista, o presidente afirmou acreditar que o Brasil chegará em 2016 como uma das cinco maiores economias do mundo. "Estou convencido que o Brasil até 2016 será a quinta economia do mundo. Estou muito satisfeito que o Brasil esteja indo bem. Tem gente que não gosta, mas paciência.
Caetano
O presidente retrucou, com ironia, o fato de ter sido chamado de "analfabeto" pelo compositor Caetano Veloso, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo. Ao falar sobre as possibilidades de desenvolvimento do País, usou uma expressão em latim. "A educação é condição sine qua non para o crescimento. Eu digo sine qua non porque, se o Caetano Veloso fala sine qua non, o Lula também pode falar", alfinetou, arrancando risos da plateia.
Lula também comparou-se ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Os Estados Unidos acham que são o País das oportunidades. Somos mais que eles. Agora eles têm um presidente negro, mas nunca um torneiro mecânico chegou à Presidência lá.
Em entrevista coletiva concedida após o congresso na FMU, o presidente esquivou-se de responder sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do processo de extradição do ativista italiano Cesare Battisti. "Você quer que eu fale sobre uma decisão que ainda não aconteceu. Quando dá empate, em futebol eu apito, mas na Justiça, Deus me livre.
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