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Além das prisões, policiais e promotores do Gaeco estiveram no prédio do Tribunal de Contas, onde cumpriram mandados de busca e apreensão | Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Além das prisões, policiais e promotores do Gaeco estiveram no prédio do Tribunal de Contas, onde cumpriram mandados de busca e apreensão| Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Mais quatro pessoas estão presas acusadas de participar da fraude na concorrência pública para construção de um anexo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no Centro Cívico, em Curitiba. Além deles, foram presos, nesta quarta-feira (18), pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, o coordenador-geral do TC, Luiz Bernardo Dias Costa e o empresário Edmilso Rossi, proprietário da construtora Sial Engenharia e Construção vencedora da licitação no valor de R$ 36,4 milhões.

Entre os outros presos estão o filho de Rossi, um funcionário do departamento financeiro da Sial, e o ex-deputado estadual e ex-funcionário do TC Davi Cheriegate. Todos são suspeitos de estarem envolvidos com fraude na mesma concorrência. Luiz Bernardo Dias Costa foi preso em flagrante após receber R$ 200 mil da Sial Engenharia e Construção em maços de dinheiro. Os outros cinco foram detidos em decorrência de mandados de prisão temporária.

Além das prisões, policiais e promotores do Gaeco estiveram no prédio do Tribunal de Contas, onde cumpriram mandados de busca e apreensão. Foram recolhidos documentos da coordenadoria-geral – setor onde Costa estava lotado – e do departamento de licitações do TC. O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, não quis dar declarações sobre a operação para não prejudicar as investigações e também porque o caso está sob sigilo judicial.

Processo licitatório está suspenso, segundo TCE

Por nota, o Tribunal de Contas do Estado informou que suspendeu o processo licitatório 01/2013 até que haja completa apuração dos fatos. "Em relação ao processo licitatório questionado, as obras não foram iniciadas e nem houve qualquer espécie de pagamento ou dispêndio de recursos públicos", afirma o texto.

O tribunal ainda informou que prestou todas as informações necessárias ao Gaeco sobre a concorrência. O texto diz que o TC "está tomando todas as providências necessárias para que o caso seja elucidado, possibilitando o pleno exercício da ampla defesa a todos os envolvidos", relata a nota.

Desde as prisões ocorridas, a reportagem tem tentado localizar todos os advogados de defesa. O único que atendeu aos chamados foi Roberto Brzezinski, advogado de Luiz Bernardo Dias Costa. Brzezinski ainda se inteirava da situação para poder conversar com a reportagem.

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