Mais quatro senadores declararam que vão votar a favor do afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Um declarou voto contra. Agora, o Placar do Impeachment do Estadão marca 53 parlamentares a favor, 19 contra e 9 que ainda não quiseram se manifestar.
Os quatro senadores que se declararam favoráveis ao afastamento da petista são José Maranhão (PMDB-PB), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Lúcia Vânia (PSB-GO) e Pedro Chaves (PSC-MS). O que diz que vai votar contra é o senador Elmano Férrer (PTB-PI).
Para aprovar o impeachment será necessário o voto de 54 senadores. A base aliada do presidente em exercício Michel Temer calcula que terá pelo menos 60 votos.
O peemedebista José Maranhão disse que não há mais nenhuma dúvida na sociedade de que o impeachment de Dilma vai ser bom para o país. “Até os senadores aliados dela sabem disso”, afirmou.
Pedro Chaves, por sua vez, diz que formou a sua convicção depois de acompanhar os depoimentos, e que só mudaria o voto se Dilma o “surpreendesse” na segunda-feira, quando virá ao Senado apresentar a sua defesa.
Já Elmano Férrer diz que, até agora, sempre votou contra o impeachment, e não deve mudar de entendimento. “É só olhar os meus posicionamentos anteriores”, disse.
Indefinidos
Entre os senadores que ainda não declararam o seu voto está o ex-ministro de Dilma, senador Edison Lobão (PMDB-MA). Ele esteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira . O petista desembarcou em Brasília com a missão de encontrar o peemedebista para tentar convencê-lo a votar contra o afastamento definitivo
“Eu ainda não decidi. E mesmo que tivesse decidido, não falaria para ninguém”, afirmou.
Outros senadores também disseram que vão esperar o depoimento de Dilma na segunda-feira para tomar uma decisão. Um deles é o senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Nas etapas anteriores, ele votou a favor da continuidade do processo de impeachment.
Dúvida
Dilma ainda pode perder um voto praticamente consolidado a seu favor. O senador Telmário Mota (PDT-RR) tem se mostrado muito irritado com o fato de o PT ter lançado candidato à prefeitura de Boa Vista e não apoiar o nome do seu partido.
Segundo pessoas próximas ao parlamentar, ele decidiu fazer uma imersão neste final de semana em suas bases eleitorais, incluindo comunidades indígenas, a fim de decidir o voto no julgamento do processo de impeachment da petista.
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