Mais sete pessoas confirmaram nesta quinta-feira à Polícia Federal (PF) de Londrina que receberam pagamentos avulsos por serviços de campanha eleitoral no ano passado, não relacionados na prestação de contas oficial do prefeito Nedson Micheleti à Justiça Eleitoral. Segundo reportagem do Jornal de Londrina, entre as testemunhas estão seis seguranças da Casa de Custódia de Londrina (CCL). De acordo com o depoimento prestado no último 16 de agosto por um motorista e segurança da campanha, cujo nome advogados e PF pedem que não seja divulgado, 15 agentes da CCL foram contratados a R$ 50 cada por dia para trabalharem no segundo turno. Todos foram contratados pessoalmente pelo motorista, que também entregava a eles o pagamento pelo serviço.
Para evitar o assédio da imprensa, o delegado Kandy Takahashi tomou os seis depoimentos ontem pela manhã na própria CCL. "Os agentes penitenciários confirmaram que foram convidados pelo motorista e atuaram como freelancers na campanha", afirmou o delegado federal que investiga o suposto caixa dois. De acordo com Takahashi, "estamos colhendo provas e há muita coincidência entre o que o motorista e Soraya Garcia (ex-assessora financeira do PT, primeira denunciante) disseram no inquérito".
No depoimento à PF, o motorista aponta que contratou "15 agentes de disciplina da Casa de Custódia para trabalhar como seguranças no segundo turno das eleições, combinou de pagar R$ 60 por dia para cada um deles, havia turno de revezamento, um com sete e outro com oito seguranças".
Nesta sexta-feira, o delegado deve colher os sete depoimentos adiados a pedido do advogado do PT, o criminalista João dos Santos Gomes Filho. Publicitários e jornalistas, entre eles o ex-secretário de Cultura e atual diretor de Marketing da Sercomtel Celular, Bernardo Pelegrini, em 2004 responsável pelo setor de comunicação da campanha do prefeito Nedson, devem comparecer à sede da PF.
Leia a reportagem completa no Jornal de Londrina
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