• Carregando...

O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta quarta-feira o pedido de liminar em habeas-corpus apresentado pelos advogados de Paulo e Flávio Maluf. Com isso, eles vão continuar presos. Os dois estão presos desde o dia 10 de setembro na sede da Polícia Federal em São Paulo, acusados de tentar coagir testemunha. Nesta tarde, eles prestam depoimento na Justiça Federal, a um juiz e um procurador da República.

Na quinta-feira a Justiça vai ouvir o doleiro Vivaldo Alves, o Birigui, e o ex-funcionário da construtora Mendes Junior Simeão Damasceno, que entregou documentos à Polícia Federal que comprovariam desvio de dinheiro.

Maluf se entregou à PF na madrugada do último dia 10, poucas horas antes do filho, depois de ter tido a prisão preventiva decretada pela Justiça. Eles são acusados por formação de quadrilha, evasão de divisas, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-prefeito afirma que é inocente e, mesmo preso, já deu entrevistas a uma emissora de tevê e uma rádio. Na segunda-feira, disse à Rádio Jovem Pan que passa por uma "provação" de Deus para, ele espera, ser recompensado "no outro mundo" pelo sofrimento que não merece. Maluf chorou três vezes em cerca de 20 minutos de entrevista e falou dos netos.

- Estou lendo a Bíblia. Me deram um livro, "Liturgia das horas". Recebi uma carta maravilhosa da minha netinha (chora), que disse que se orgulha do avô que tem. Ela diz que é uma menina sortuda porque tem o melhor avô do mundo. Então, vou levando a vida, esperando que se faça justiça. Por que a minha prisão preventiva? Por que? Não cometi nenhum crime. O processo nem começou - afirmou.

Documentos que a promotoria de Manhatan, nos Estados Unidos, enviaram ao Brasil em abril deste ano, e que fazem parte do processo contra o ex-prefeito, mostram Maluf como beneficiário da conta Chanani, com saldo de US$ 161 milhões.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]