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Balanço

Confira quem são os ex-governadores que perdem e mantêm o benefício da aposentadoria:

Perdem a aposentadoria

Roberto Requião Mário Pereira Jaime Lerner Orlando Pessutti

Mantêm o benefício

Paulo Pimentel João Mansur Emílio Gomes Jayme Canet João Elísio Ferraz de Campos Adelina Custaldi Novaes (viúva de José Hosken de Novais) Flora Munhoz da Rocha (viúva de Bento Munhoz da Rocha) Arlete Richa (viúva de José Richa) Rosi Costa Gomes da Silva (viúva de Mário Gomes da Silva)

Não recebe

Alvaro Dias*

* Requereu aposentadoria no ano passado, recebeu por três meses e teve o benefício cancelado por Beto Richa sob a alegação de que não poderia validar aumento nos gastos nos últimos 180 dias de um governo. Alvaro foi governador entre 1987 e 1991. Por isso, a aposentadoria dele é questionável juridicamente já que governou no período de mundança constitucional.

Fonte: Redação da Gazeta do Povo.

O senador e ex-governador Roberto Requião (PMDB) garantiu, liminarmente, o direito de receber a pensão vitalícia por ter sido chefe do executivo estadual. O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) publicou nesta quarta-feira (13), a resposta ao mandado de segurança impetrado por Requião, onde ele solicitava o recebimento de sua aposentadoria. No entendimento do desembargador Antonio Loyola Vieira, não há inconstitucionalidade no recebimento da pensão, já que a constituição do estado prevê o benefício. A procuradoria do estado vai recorrer da decisão.

Com a decisão da justiça, Requião vai receber a aposentadoria independentemente da resposta da Procuradoria do Estado ao pedido de manutenção do benefício. Outros três ex-governadores - Orlando Pessutti (PMDB), Mário Pereira e Jaime Lerner - também pleiteiam a continuidade do recebimento desta pensão. No entanto, o pagamento para eles não está garantido.

A assessoria de imprensa de Pessuti e o advogado de Pereira informaram que não vão entrar na justiça para a manutenção do benefício e que vão aguardar a decisão da procuradoria do estado. Lerner está em viagem para a França e não foi encontrado para comentar a questão.

Em entrevista à Gazeta do Povo, o secretário da Administração e da Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, explicou a possibilidade de manter o pagamento da pensão para os ex-governadores no mês de abril. Segundo Sebastiani, não há motivos para o cancelamento imediato do benefício, porque o caso ainda está tramitando na procuradoria do estado. Desse modo, o cancelamento só poderia ocorrer depois de emitido um parecer da procuradoria.

Confira a análise do jornalista Rogéio Galindo sobre o caso, no blog Caixa Zero.

Corte no Paraná

O governador Beto Richa (PSDB) determinou o cancelamento das aposentadorias dos ex-governadores, concedidas após a promulgação da atual Constituição, em 1988, no dia 21 de março. O decreto afetou os ex-governadores Roberto Requião (PMDB), Orlando Pessutti (PMDB), Mário Pereira e Jaime Lerner. Cada um recebia cerca de R$ 24,1 mil. Com o corte das aposentadorias, o governo estadual economizaria R$ 96,4 mil por mês.

O Paraná, no entanto, continua pagando a pensão vitalícia para os cinco ex-governadores do estado que governaram antes de 1988 e quatro viúvas de ex-governadores, incluindo a mãe de Richa (confira os nomes no box). O custo mensal deste pagamento é de R$ 216,9 mil. Com isso, a despesa anual é de R$ 2,8 milhões (incluindo o 13.º salário).

As aposentadorias e pensões de ex-governadores de todo o país são alvo de questionamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não se manifestou sobre o mérito do assunto. O STF já negou liminar solicitando o cancelamento de todos os benefícios para ex-governadores por acreditar que é preciso analisar o mérito da ação antes.

A decisão para o corte nas aposentadorias se baseia em um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que concluiu que as aposentadorias concedidas a ex-governadores após 1988 são inconstitucionais. Isso porque a redação da Constituição atual, ao contrário da anterior, de 1967, não prevê o benefício da aposentadoria a ex-governantes. O cancelamento não foi imediato. O governo abriu um processo administrativo e notificou cada um dos quatro ex-governadores, que apresentaram uma contra-argumentação. A PGE analisava cada resposta individualmente e ainda não havia respondido as ações. Caso a procuradoria mantenha a decisão do corte do benefício, apenas Requião vai continuar recebendo a aposentadoria, por conta do mandado de segurança.

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