Cerca de 80 mil pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar, participaram de um ato contra a presidente Dilma Rousseff (PT) em Curitiba na tarde deste domingo (15). A aglomeração, quarta maior do país, começou por volta das 14 horas, na praça Santos Andrade, centro da capital – em São Paulo, a PM estimou um milhão de manifestantes na Avenida Paulista e, em Vitória e Porto Alegre, as estimativas são de 100 mil.
80 mil pessoas protestam em Curitiba neste domingo
Manifestantes saíram da Praça Santos Andrade por volta das 14h em direção a Boca Maldita. Conforme contagem da Polícia Militar, Curitiba reuniu a terceira maior aglomeração de pessoas para o manifesto contra a Presidente Dilma.
+ VÍDEOS‘Panelaço’ no Batel durante a fala de ministros
O pronunciamento dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, deste domingo (15) foi recebido em todo o país com um ‘panelaço’.
+ VÍDEOSApós o encontro na Santos Andrade, o grupo seguiu em marcha pela Avenida Marechal Deodoro até a Boca Maldita. Parte dos manifestantes, porém, não conseguiu chegar à rua XV de Novembro e manteve agrupamentos nas ruas do entorno.
TEMPO REAL :Milhares protestam contra governo Dilma em diversas capitais
Milhares de pessoas participam, desde a manhã deste domingo (15), de protestos em diversas cidades do país contra a corrupção e contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Leia a matéria completaAs palavras de ordem que mais se repetiam entre os manifestantes faziam alusão ao pedido de impeachment da presidente. Gritos de “Fora, PT!” e “Fora, Dilma!” marcaram o protesto, enquanto as ruas centrais de Curitiba foram coloridas pelo verde e amarelo das roupas usadas por quase todos os manifestantes, que também carregavam bandeiras do Brasil, vuvuzelas, cornetas e cartazes.
Grupos já planejam novas manifestações para abril
Leia a matéria completaAlém dos pedidos pelo impeachment de Dilma, outras demandas estavam na ponta da língua daqueles que foram às ruas: redução da carga tributária, reforma política, investigação rigorosa das denúncias de corrupção e menos assistencialismo estatal. A insatisfação também recaiu sobre os poderes Legislativo e Judiciário devido aos parlamentares investigados na operação Lava Jato e outros episódios que repercutiram negativamente, como reajustes salariais e auxílio-moradia para políticos e juízes.
Centro tomado
Mesmo os que protestavam se mostravam surpresos com a quantidade de pessoas no local. A manifestação superou inclusive a mobilização do movimento Diretas Já, em 1984, na capital. Um dos carros de som era comandado pelo movimento Federalista, cujos partidários afirmavam que Dilma deveria renunciar em resposta à insatisfação popular. “Sabemos que o impeachment é muito difícil de conseguir, praticamente impossível, por isso queremos que ela jogue a toalha”, disse Hamilton Marques.
O movimento “Acorda Brasil”, organizado por empresários e profissionais liberais, também esteve presente. Eles querem o impeachment de Dilma. “Há base legal para isso. Se você sabe que roubam dinheiro público e não impede, você é parte. Isso é improbidade administrativa, motivo para impedimento”, explicou Percy Russ Tiemann, um dos líderes do movimento.
As caras que tomaram as ruas
Leia a matéria completaOutro carro de som era comandado por um movimento estudantil. Francisco Stryk, um dos organizadores do grupo, disse que a motivação do protesto era aproximar os jovens da política. “Queremos a melhoria do Brasil, principalmente da educação, que está abandonada. Só com os jovens na rua vamos conseguir isso”, concluiu.
O impeachment de Dilma, no entanto, não era unanimidade. Muitos manifestantes se declararam favoráveis à uma reforma política, mas disseram ter dúvidas sobre a cassação do mandato da presidente. O profissional de informática Adriano Lang era um deles. “Todo protesto é válido, mas não é válido passar por cima de meios democráticos, como a eleição”, declarou, enquanto colava cartazes pela XV de Novembro com os dizeres: “Voto na Dilma também no terceiro turno!”
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