Curitiba As organizações sindicais e estudantis pretendem realizar hoje, em Brasília, a maior manifestação popular anticorrupção do atual governo. A previsão é de que 30 mil pessoas participem do protesto, que deve isentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e direcionar críticas ao financiamento ilegal de campanhas eleitorais, ao pagamento de mesadas para deputados e à falta de ética no serviço público.
Cerca de 250 estudantes do Paraná devem participar do protesto, com apoio da União Paranaense dos Estudantes (UPE) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). Eles partem de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel em cinco ônibus. A maioria estaria disposta a defender o governo Lula. "O impeachment não será nossa palavra de ordem", afirma o militante Edemir Maciel.
A partir de agora, as manifestações dos novos caras-pintadas vão se tornar rotina, afirma o presidente da UNE, Gustavo Petta. Segundo ele, bandeiras como a da reforma política, que promete moralizar as campanhas eleitorais, serão levantadas nas ruas das principais cidades do Brasil.
Os grupos que defendem a saída do presidente seriam minoria.
O calendário de protestos já inclui outras quatro manifestações. Quarta-feira, o PSOL, o PSTU, o PDT, o PPS prometem fazer ecoar em Brasília frases como "chega de corrupção" e "fora Lula". Essas correntes não pretendem poupar críticas ao governo nem ao PT.
Outras duas manifestações foram definidas ontem em São Paulo. Quinta-feira, a Força Sindical, a Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), a Social Democracia Sindical (SDS) e a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) realizam passeata pela Avenida Paulista. Integrantes de 51 sindicatos de metalúrgicos de São Paulo protestam dia 24 durante um encontro da categoria.
A principal manifestação, no entanto, deve ser a que foi marcada na semana passada para 6 de setembro, na Praça da Sé (centro da capital paulista).
A intenção é reunir estudantes e sindicalistas de diversos estados, num ato público contra a corrupção e pela punição dos culpados.
As manifestações que estão sendo realizadas durante agosto teriam o objetivo de mobilizar as bases para o protesto da véspera do feriado de 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil.
Os protestos começaram a pipocar na semana passada. Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Londrina (PR), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES) registraram manifestações.
Em Londrina, um grupo de 100 estudantes Colégio Estadual Marcelino Champagnat percorreram as principais ruas da cidade e lavaram uma calçada em frente à sede dos Correios, numa referência ao vídeo exibido em rede nacional em que o ex-diretor da empresa Maurício Marinho aparece pedindo propina.
Apesar dos estudantes tentarem barrar críticas diretas a Lula, no protesto de Porto Alegre, parte dos caras-pintadas pedia o impeachment do presidente.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Deixe sua opinião