As manifestações contra o governo do presidente interino de Michel Temer (PMDB) nesta sexta-feira (10) estão servindo de termômetro para uma paralisação geral dos trabalhadores. De acordo com a presidente da CUT-PR, Regina Cruz, a mobilização em todo o país busca o apoio de diversas categorias para uma greve geral. A Frente Brasil Popular, uma das organizadoras do ato, deve se reunir em São Paulo no dia 20 de junho para definir os próximos passos do movimento. A greve geral ainda não teria data marcada.
Para Regina, as manifestações contra Temer na manhã desta sexta mostraram que um grande número de trabalhadores está preocupado com as reformas que estão sendo promovidas por Temer. “Tivemos uma grande receptividade por todas as categorias. Eles entendem que este governo está contra o trabalhador”, disse. A presidente da CUT afirma que a preocupação dos trabalhadores é maior com a reforma da Previdência, uma das propostas de Temer.
Em Curitiba, houve o fechamento de 23 agências bancárias e da agência do INSS na Praça Santos Andrade, além da ocupação do escritório da Petrobras no Batel. Esses atos já terminaram. Em Araucária, movimentos sociais e sindicais protestam desde cedo nas imediações da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar). Essa manifestação só deve terminar à noite.
Manifestação continua na Praça Santos Andrade
A manifestação contra o governo Temer continua na tarde sexta-feira. Desde às 14 horas, representantes de diversos sindicatos e movimentos sociais estão reunidos na praça Santos Andrade. Centenas de pessoas se concentram em frente a um palco montado em frente à Universidade Federal do Paraná. O grupo estendeu uma grande faixa no prédio histórico da UFPR que pede a saída do presidente Michel Temer.
Militantes do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que acampam em frente à sede do Incra também participam ato. De acordo com a organização, 4 mil pessoas participam do ato. A estimativa da Polícia Militar (PM-PR) é de que mil pessoas participaram das manifestações na Praça Santos Andrade ao longo da tarde.
O protesto deve continuar até a noite, com apresentações culturais promovidas por artistas que ocupam a sede do Iphan, em Curitiba.
Histórico
Não é a primeira vez que o governo Temer é alvo de manifestações desde que o presidente em exercício assumiu o lugar de Dilma Rousseff (PT), afastada depois da votação do impeachment no Senado. No primeiro fim de semana de governo interino, pelo menos cinco capitais registraram protestos contra Temer: São Paulo, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e Florianópolis.
Em Curitiba, centenas de pessoas compareceram à manifestação contra o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), que ocupou as escadarias do prédio central da UFPR e parte da Praça Santos Andrade e seguiu pelas ruas do Centro até o prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Juvevê, ocupado por artistas.
No dia 22 de maio, manifestantes organizaram um protesto no bairro Pinheiros, em São Paulo, onde mora o presidente em exercício. Centenas de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST ) se reuniram no Largo da Batata, em Pinheiros, de onde partiram em marcha até a casa de Temer.
Panelaços
Tradicional forma de protesto durante o governo Dilma, os panelaços continuam em cena durante o governo interino. Durante a exibição da primeira entrevista de Temer, concedida ao Fantástico, pelo menos quatro capitais registraram panelaços no último dia 15.
As manifestações ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, enquanto Temer dizia em sua entrevista que é necessário trazer o equilíbrio ético, político e econômico ao Brasil, além de pacificar o país.
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