Manifestantes fazem nesta quinta-feira (31) atos favor do governo e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff em pelo menos 21 estados do Brasil e no Distrito Federal.
Em Brasília, a concentração foi em torno do estádio Mané Garricha. Acompanhados de carros de som, militantes discursam contra o “golpe”, referindo-se ao processo de impeachment em curso na Câmara, enquanto ressaltam a importância de programas sociais, como o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida.
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Os manifestantes receberam coletes vermelhos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e água em um espaço montado pela entidade. Outras centrais sindicais apoiam o ato, além de movimentos sociais, como o de Trabalhadores Rurais Sem Terra, e associações de classe.
Em um dos carros de som, o juiz Sergio Moro aparece em um cartaz que o chama de golpista. Há caravanas de cidades de todas as regiões do país. Dezenas de ônibus se enfileiram no local, trazendo manifestantes. A referência ao golpe de 1964 é mencionada nos discursos e faixas.
No início da noite, os manifestantes já falam na presença de 100 mil pessoas no ato, mas a Polícia Militar não confirma esse número e fala em 50 mil pessoas.
São Paulo
A manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff reuniu 40 mil pessoas no centro de São Paulo, na noite desta quinta-feira (31), de acordo com o Datafolha.
O ato foi promovido na praça da Sé por centrais sindicais e movimentos sociais. Há duas semanas, 95 mil tinham se reunido para protestar contra o impeachment na avenida Paulista.
Mesmo atraindo menos pessoas, o ato desta quinta foi um dos maiores contra o afastamento da presidente desde que simpatizantes da petista passaram a ir às ruas em 2015.
Em dezembro passado, 55 mil pessoas se reuniram na avenida Paulista para protestar contra o impeachment. Em 13 de março de 2013, o primeiro grande ato pró-Dilma reuniu 41 mil pessoas na Paulista.
Rio de Janeiro
Os organizadores do ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Largo da Carioca (centro do Rio), calcularam em 50 mil o número de manifestantes. A Polícia Militar (PM) não divulgou estimativas. No ato, muitas críticas ao PMDB, à mídia, ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na primeira instância.
Chamada de “Jornada Nacional Pela Democracia #golpenuncamais”, a mobilização começou por volta das 16h. Os manifestantes gritaram palavras de ordem, como “não vai ter golpe, vai ter luta”.
O principal alvo da manifestação foi o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Ele foi chamado de mentor do golpe e repetidas vezes os manifestantes cantaram a música “Vou festejar”, sucesso de Beth Carvalho, cujo refrão diz: “você pagou com traição a quem sempre te deu a mão”.
Os militantes pediram a renúncia de Temer, junto com a saída do PMDB do governo.
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