Dois protestos organizados nas redes sociais - contra a eleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado e do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados - movimentaram o centro de Curitiba neste sábado (9).
O "Ato de Repúdio" contra a eleição de Marco Feliciano ocorreu na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba. Vestidos de preto e com cartazes com frases como "Fora Feliciano, pelos Direitos Humanos", os manifestantes pretendiam enviar uma petição à Câmara dos Deputados pedindo a destituição do parlamentar do cargo. Ele é acusado de homofobia e racismo.
Pastor da igreja Assembleia de Deus, o deputado, que foi eleito para o cargo no último dia 7. Um dos manifestantes representava o pastor e portava um livro, simulando uma bíblia. "Ele tem todo o direito de existir. Mas não podemos ter como representante alguém que defende opiniões tão anacrônicas", afirma a professora Patricia Gaspar, uma das responsáveis pelo movimento em Curitiba.
O evento, que começou a ser organizado na última quinta-feira, ocorre simultaneamente em 16 cidades. Cerca de 3 mil pessoas confirmaram a presença pelo Facebook somente em Curitiba. Por volta das 14 horas, cerca de cem pessoas se reuniram em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR), mas aos poucos mais pessoas se reuniram ao protesto, que percorreu a Rua XV de Novembro.
Protesto contra Renan
No mesmo horário, o movimento "Fora Renan" reunia 100 pessoas na Praça Tiradentes. Com nariz de palhaço, máscaras, vestidos de preto e alguns enrolados com a bandeira do Brasil, os manifestantes seguiram da praça até a Boca Maldita para pedir a renúncia do senador. Segundo Marco Aurélio Sartorelli, um dos organizadores do movimento, outras 34 cidades participariam do protesto. Essa é terceira mobilização contra Renan Calheiros em Curitiba e está marcada uma próxima, para o dia 23 de março. Cerca de mil pessoas apoiaram o movimento no facebook. "Pedimos a renúncia de Renan Calheiros pelo seu desrespeito e falta de ética", disse Sartorelli.