O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou hoje que o corte no Orçamento possa ultrapassar os R$ 50 bilhões, por meio de um corte adicional. "Se nós estamos apresentando R$ 50 bilhões, é porque esse valor é suficiente para os objetivos que temos", disse.

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Mantega afirmou que o aporte de recursos do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve ser anunciado ainda esta semana.

O ministro também afirmou que não há previsão para a compra de caças em 2011. "Não temos recursos disponíveis este ano para a compra de caças, não temos espaço fiscal", acrescentou.

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O ministro ainda disse que Estados e Municípios deverão aumentar seus esforços fiscais em 2011. "Estaremos dando menos disponibilidade para eles se endividarem", concluiu Mantega.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que é factível um corte de R$ 3 bilhões no abono salarial e no seguro desemprego. Segundo Miriam, este valor representa 10% do montante global. "Nos parece uma meta bastante factível", disse a ministra. Em relação aos gastos com pessoal, Miriam disse que a redução ocorrerá em função da mudança na estratégia de contratações.

Mantega disse ser natural o governo atacar os maiores gastos. "As despesas com pessoal são a segunda maior do governo. Temos R$ 180 bilhões de despesas", disse. Segundo ele, o governo está fazendo um ajuste fino nos gastos com pessoal. Mantega disse que esse "ajuste fino no número" acontece todo ano nesta mesma época do ano. "É um ajuste, não corte", disse Mantega.

Bolsa Família

O ajuste do Bolsa Família deverá levar a uma nova revisão das despesas do governo, admitiu Miriam Belchior. Segundo ela, o governo está avaliando um aumento no valor dos benefícios e divulgará isso em breve. "O reajuste ainda não foi definido, mas quando for definido será considerado. De dois em dois meses é feita a revisão de despesas e receitas", explicou. O novo relatório de programação orçamentária deve ser publicado no dia 20 de março.

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