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Atualizada em 27/03/2006 às 22h

Em seu primeiro pronunciamento à frente do cargo, o novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a política econômica não irá mudar. Ele disse que a política "não é do ministro Palocci, da ministra Dilma, ou do ministro Paulo Bernardo, ou de qualquer outro ministro. E sim do presidente Lula".

- Ela não deve mudar porque é a mais bem-sucedida dos últimos 15 ou 20 anos no Brasil e está nos levando à porta de um novo ciclo de desenvolvimento - afirmou.

Mantega acrescentou ainda que o país há muito tempo não via a inflação sob controle, com as contas públicas equilibradas.

- Reina a responsabilidade fiscal no país e a vulnerabilidade externa está reduzida ao menor patamar dos últimos anos - avaliou ao ser apresentado como novo titular da pasta a jornalistas, citando ainda a geração de empregos no país.

Durante a coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o novo ministro afirmou também que existem técnicos competentes na equipe econômica do governo, mas não descartou eventuais substituições.

- Em princípio eu considero a equipe da Fazenda muito eficiente, mas eu não descarto a possibilidade de fazermos algumas mudanças. Mas só depois de eu sentar na cadeira e examinar de perto a eficiência de cada um é que eu poderei me pronunciar a esse respeito - disse Mantega. Pouco depois, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, entregou ao presidente Lula seu pedido de demissão.

Mantega, disse que o Brasil deve crescer de 4% a 4,5% neste ano.

- Certamente teremos um ano muito proveitoso para todo mundo - afirmou Mantega.

O novo ministro disse que "o mercado interno está se robustecendo" e destacou o aumento da massa salarial e a geração de empregos, que, segundo ele, foi de 3,7 milhões de vagas nos primeiros três anos do governo Lula.

- Já está em marcha o processo de crescimento econômico - disse Mantega.

O novo ministro prometeu manter a disciplina fiscal e disse que o superávit primário "é sagrado". Ele afirmou que o controle da inflação permite "uma redução sistemática" das taxas de juros, mas frisou que o ritmo de queda é competência do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

- Eu não fui para o Banco Central, fui para o Ministério da Fazenda - esquivou-se Mantega, quando um jornalista lhe perguntou se a sua nomeação sinalizava uma perspectiva de aceleração para o declínio da taxa básica de juros.

Mantega ressaltou, no entanto, que vai "interagir com o Copom" nas reuniões do Conselho Monetário Nacional (CMN), das quais passará a participar como ministro da Fazenda. Entre as atribuições do CMN está a de definir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), cobrada nos empréstimos do BNDES.

INTERATIVIDADE

Guido Mantega, na sua opinião, era a melhor escolha para suceder Antonio Palocci?

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