Em um rápido e tumultuado pronunciamento, de menos de três minutos, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou na noite desta segunda-feira (9) que não está brincando com a democracia e que obedeceu às leis do país.
LINHA DO TEMPO: Os fatos que culminaram no pedido de anulação do impeachment
Autor de decisão que tinha o objetivo de anular a votação da Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o deputado do PP não quis responder a perguntas, nem detalhou as razões que embasaram sua decisão.
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“A nossa decisão tem base na Constituição, no nosso Regimento, para que nós possamos corrigir em tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro. Tenho consciência de como esse momento é delicado. Momento em que temos o dever de salvarmos a democracia pelo debate. Nós não estamos nem estaremos em momento algum brincando de fazer democracia.”
A fala é uma resposta ao discurso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que negou acatar a decisão do presidente da Câmara e a classificou como uma brincadeira com a democracia.
Maranhão deu a entrevista na sala de reuniões da presidência da Câmara, acompanhado de três deputados do PC do B, partido do governador e aliado Flávio Dino (PC do B-MA), de Silvio Costa (PT do B-PE), e de José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.
Em sua rápida fala, ele disse que o país tem salvação “pela democracia, pelo embate e pelo combate”, e, no final, disse ter se formado na escola pública em veterinária.
“Me graduei em veterinária, pela escola pública fiz pós graduação, tornei-me reitor por duas vezes, pró-reitor de graduação”, afirmou, dizendo que é com essa história que ele pretendia deixar esse comunicado que, segundo ele, representará “o divisor de águas na nossa democracia”.
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