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Foi marcada para as 10h15 do próximo dia 18 de dezembro a primeira audiência para julgar o pedido de indenização às famílias das vítimas do acidente do vôo 1907 da Gol, ocorrido em 29 de setembro. O documento foi protocolado pelos advogados do escritório Lieff Cabraser Heimann & Bernstein, sócios do advogado Leonardo Amarante nos Estados Unidos. Dez famílias de vítimas do acidente são representadas na ação contra a ExcelAire, dona do jato Legacy que se chocou com o Boeing da Gol, e contra a Honeywell, fabricante do TCAS, equipamento que sinaliza rota de colisão entre aeronaves.

Esta primeira audiência será uma prévia judicial, como é de costume na Justiça norte-americana. "A reunião será dividida em três etapas. A primeira será a apresentação do caso ao juiz, depois será discutido o plano de provas e, para finalizar, será debatida a forma como será desenvolvido o processo", explicou Amarante.

A hipótese mais provável apresentada pelos advogados é de que teria ocorrido falha humana por parte dos dois pilotos norte-americanos. Caso isso se confirme, o processo será direcionado para a empresa ExcelAire e, em caso de confirmação de pagamento de indenização, este será feito pela seguradora desta empresa.

A outra hipótese de encaminhamento do processo pode levar os advogados a acionar a Honeywell. "Não vemos como acionar a Boeing, pois até o momento das investigações, nada foi apontado neste sentido", explicou Amarante.

O advogado informou que deve acrescentar outras 13 famílias do acidente com o Boeing da Gol na próxima semana. "Representamos 23 famílias e poderemos acrescentar ao processo quantas famílias nos procurarem. Não há impedimento para isso", disse Amarante, que pretende acompanhar a audiência ao lado dos advogados do escritório norte-americano.

Segundo Jorge André Cavalcante, representante da associação de parentes das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, a informação mostra que os procedimentos tomados por este grupo de familiares foi o mais correto. Ele é um dos representados na ação. "É, com certeza, uma ótima notícia. Não estou no papel de indicar a contratação de advogados por parte dos parentes das vítimas, mas o problema é que existe muita gente querendo se oferecer para entrar com processos no exterior e depois vender o processo para grandes escritórios nos Estados Unidos. Isso é um absurdo".

Cavalcante deve retirar nesta terça-feira (14) o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) de Brasília sobre a morte do sobrinho, Carlos Cruz, que estava no vôo 1907 da Gol. "Farei uma coletiva às 15h para falar sobre o laudo. Não sei ainda o que diz o documento", explicou.

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