A secretária da Odebrecht Maria Lucia Tavares declarou em sua delação premiada, fechada com a Operação Lava Jato, que o presidente afastado do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht, foi quem solicitou a criação da planilha de pagamentos paralelos identificada na Operação Xepa, 26.ª fase deflagrada nesta terça-feira (22). A procuradora da República Laura Gonçalves Tessler, da força-tarefa da Lava Jato, afirmou nesta terça-feira, 22, que o ex-presidente da Odebrecht “comandava a sistemática de pagamento de propina”, mesmo após ter sido preso. Marcelo Odebrecht está detido pela Lava Jato desde 19 de junho de 2015 e o pagamento de propina, segundo a investigação, ocorreu até novembro.
“Para nós é assustador, mesmo depois da prisão ele operava o pagamento de propina em detrimento do poder público”, disse a procuradora. O que se descobriu, por meio da análise de planilhas e e-mails, é que “a Odebrecht tinha funcionários unicamente voltados para o pagamento de propina. E o faziam em quantidades expressivas”, disse Laura Gonçalves Tessler , afirmando ter detectado uma transação em espécie de R$ 9 milhões “de um dia para o outro”. Além disso, detectou-se pagamentos também no exterior, envolvendo diretorias da Odebrecht em países como Argentina e Angola.
“Existia uma estrutura profissional de pagamento de propina dentro da Odebrecht”, disse Laura. “Havia envolvimento direto do Marcelo Odebrecht no pagamento de propina. Com iniciais e tudo, na mesma tabela. O que deixa bastante evidente de Marcelo Odebrecht não só tinha conhecimento como comandava a sistemática de pagamento de propina.”
A Operação Xepa é um desdobramento da Acarajé, 23.ª fase da Lava Jato.
Outro lado
Em nota, a Odebrecht afirmou nesta terça-feira (22), que “tem prestado todo o auxílio nas investigações em curso” e “colaborando com os esclarecimentos necessários”.
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