Um pouco rouca por conta de uma gripe contraída na semana passada, a pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, ironizou o discurso da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, pela redução dos impostos que incidem sobre os medicamentos. Em entrevista concedida no fim da tarde à rádio BandNews FM, a senadora disse achar estranho que a petista reclame da carga tributária após oito anos de governo. "Ela ficou oito anos (no governo) e só agora descobre que (o preço dos remédios) é inaceitável", provocou. Na manhã de hoje, Dilma disse que é "absurda" a tributação e defendeu decisões "imediatas" sobre o tema.

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Em entrevista de 40 minutos aos jornalistas Boris Casoy e Fernanda d'Avila, Marina voltou a condenar a estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tentar polarizar as eleições deste ano em uma disputa entre PT e o candidato do PSDB José Serra. De acordo com a senadora, "vale tudo" em uma disputa plebiscitária, como "desqualificar o outro e um roubar a tese do outro". "Fica um querendo roubar o que o outro fez ou assinar embaixo um projeto do outro." A presidenciável defendeu um debate eleitoral centrado nos projetos de governo, e não na comparação entre os candidatos.

"Se a eleição for discutir se o currículo do (José) Serra é melhor que o da Dilma e se a Dilma é melhor gerente que o Serra, não vamos chegar a lugar nenhum", disse. Perguntada sobre sua participação na disputa eleitoral, Marina citou o último verso da obra "Poeminha do Contra", de autoria de Mario Quintana: "Eles passarão/Eu passarinho."

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