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A ex-senadora Marina Silva concede entrevista coletiva em São Paulo em outubro de 2010 | Reuters
A ex-senadora Marina Silva concede entrevista coletiva em São Paulo em outubro de 2010| Foto: Reuters

A ex-senadora Marina Silva, que angariou cerca de 20 milhões de votos no primeiro turno da eleição presidencial do ano passado, anunciou na quinta-feira sua desfiliação do Partido Verde (PV), num movimento que busca viabilizar sua candidatura à Presidência em 2014.

Ela fez o que chamou de "discurso por uma nova política". "Chegou a hora dos que querem viver num país melhor", disse Marina em meio a críticas ao PV e ao atual sistema político brasileiro, que afastaria a participação das pessoas.

"Esta é a razão de porque eu e tantos companheiros estamos nos afastando do Partido Verde ... alguns estão se desfiliando, outros estão se licenciando e outros estão ficando (no partido) criticamente", afirmou.

A decisão veio depois de desentendimentos com o presidente do PV, José Luiz Penna, que teria se recusado a chamar uma convenção para rever a liderança do partido após a eleição e reformular o conteúdo programático da legenda, como pediam a ex-senadora e outros dissidentes, também chamados de "marineiros".

O primeiro "ato" público do grupo reuniu cerca de 400 pessoas em um auditório da Vila Madalena, em São Paulo, para o lançamento do "Movimento Verde de Cidadania", que buscará mobilizar os eleitores de Marina pelas redes digitais e também em níveis municipal e estadual.

Além da ex-ministra do Meio Ambiente, que abandonou o Partido dos Trabalhadores (PT) para se juntar ao PV há quase dois anos, desligaram-se do partido o empresário Guilherme Leal, vice de Marina na campanha, o candidato ao senado por São Paulo, Ricardo Young, e o ex-coordenador da campanha presidencial, João Paulo Capobianco, entre outros.

Gabeira fica Ao contrário do que foi anunciado, Fernando Gabeira, por videoconferência do Rio para São Paulo, expressou apoio ao movimento de Marina Silva, mas não declarou ter deixado o partido.

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