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Ex-candidata quer que Aécio mude propostas do 1º turno | Sérgio Moraes/Reuters
Ex-candidata quer que Aécio mude propostas do 1º turno| Foto: Sérgio Moraes/Reuters

Terceira colocada na disputa à Presidência da República, Marina Silva (PSB) arrecadou R$ 62 milhões durante a campanha e terminou a corrida pelo Palácio do Planalto sem dívidas eleitorais.

De acordo com os números divulgados nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha do PSB arrecadou e gastou exatamente o mesmo valor --R$ 62.066.728,32.

Os recursos representam a prestação final das contas da campanha pessebista, ou seja, levam em consideração também o período em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em agosto, era o candidato da coligação.

O detalhamento das receitas e despesas de Marina, no entanto, não explica o pagamento do jato que caiu em Santos matando Campos e mais seis pessoas. A aeronave não aparecia na primeira prestação de contas da campanha do ex-governador de Pernambuco e seu uso é alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral.

No fim de agosto, o PSB divulgou uma nota na qual dizia que o partido iria contabilizar e declarar à Justiça Eleitoral o empréstimo da aeronave somente na prestação final de contas da campanha, o que não aconteceu. O prazo terminou ontem, mas o partido ainda pode apresentar uma retificação com novos dados.

Responsável pelas contas de Marina Silva, Bazileu Margarido afirmou que os dados referentes ao jatinho não deveriam aparecer nas planilhas de gastos e despesas de Marina, mas que "os advogados e responsáveis pela prestação de contas de Eduardo Campos ainda não conseguiram levantar junto à Anac o tempo de voo com o avião".

Segundo o PSB, os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, amigos pessoais do ex-governador de Pernambuco, emprestaram a aeronave para uso durante toda a campanha.

Doações

A principal doadora da campanha do PSB foi a JBS, dona do frigorífico Friboi, com mais de R$ 5 milhões. A potência empresarial que despontou no governo Lula como a maior indústria de carnes do mundo tornou-se, em 2014, a maior financiadora de campanhas políticas do país.

Cosan, Gerdau e Votorantim também aparecem na lista de doadores para a campanha pessebista.

Despesas

Sem especificações na prestação final de contas, as principais despesas da campanha foram com publicidade e deslocamento.Com a morte de Campos, o que alçou Marina à condição de cabeça de chapa, a ex-senadora passou por um período de desgaste e muito cansaço, o que a deixou afônica por semanas.

Aliados a aconselharam a diminuir o ritmo da agenda, mas Marina se recusou. No lugar, pediu a contratação de uma fonoaudióloga. Com o tratamento, gastou R$ 21,3 mil, quase o mesmo valor gasto pela campanha com advogados -- R$ 22,9 mil.

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